1.9.2023 –
As poupanças juntas pelos portugueses durante a pandemia da Covid-19 já foram gastas, perante a inflação, aumento de preços e custo de vida, subida das prestações da casa, e com uma realidade de poucos estímulos ao aforro, com os grandes bancos a manterem depósitos a dar zero e taxa de juro dos certificados em descida. Aliás, a taxa de poupança das famílias esta num dos valores mais baixos dos últimos 100 anos.
A taxa de poupança das famílias, segundo escreve o Expresso, subiu durante a pandemia de 7,2% do rendimento disponível, no quarto trimestre de 2019, para 13,7% no primeiro trimestre de 2021, valor mais alto desde o verão de 2002.
No entanto, desde aí a taxa tem estado em descida, atingindo os 5,8% no primeiro trimestre de 2023 e longe da média da zona euro de 14,1%, e inferior ao que se registava em 2019 antes da pandemia. Se não contarmos com o terceiro trimestre de 2017, quando a taxa estava em 7,7%, é preciso recuar a 2008 para chegar a valores tão baixos.
Para além dos baixos rendimentos das famílias, a contribuir para a situação está, segundo a Deco/Protestes, a existência de “poucos estímulos à poupança”. O facto de “a maioria das pessoas concentram a poupança nos depósitos bancários” também não ajuda.
Os ‘cortes’ verificam-se nos últimos meses com uma queda do investimento em certificados de aforro (caiu 70% em julho e novamente 42%, face ao mês anterior). No que respeita a Planos Poupança Reforma (PPR), no início do ano verificou-se um crescimento da retirada de fundos de PRR constituídos sob forma de seguros, enquanto que sob a forma de fundos, os regates caíram para metade nos primeiros seis meses do ano, face ao período homólogo.
Revista de Imprensa