Exposição proporciona viagem pelos retratos  dos melhores artistas do movimento romântico

13.04.2025 –

Patente no Museu de Arte e do Colecionismo de Cantanhede

Bustos de Napoleão e Goethe, um retrato do pintor francês Eugéne Delacroix, um medalhão com a representação de Luís Vaz de Camões, uma peça de cerâmica que retrata Camilo Castelo Branco ou uma pequena escultura de Almeida Garrett. E vários retratos de figuras anónimas.

Apreciar cerca de 60 obras de arte e outras peças, na esmagadora maioria nunca antes exibidas ao público, está à distância de uma visita ao MACC – Museu de Arte e do Colecionismo de Cantanhede, onde foi inaugurada este sábado, 12 de abril, a exposição “Retratos Românticos – Individualidade, Memória, Emoção”.

A sessão inaugural foi muito concorrida e contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, com o pelouro da Cultura, Pedro Cardoso, de Ramiro Gonçalves, responsável pelo comissariado desta exposição, Marco Lopes, diretor do Museu Municipal de Faro, e Anísio Franco, diretor adjunto do Museu Nacional de Arte Antiga.

A mostra é da autoria de notáveis artistas de diferentes épocas, com destaque para Domingos António de Sequeira, José Rodrigues, Auguste Roquemont ou Francisco José Resende, entre muitos outros.

A definição de uma estratégia cultural não pode nem deve resumir-se à valorização do património local nem se esgota no valiosíssimo património deste museu. Esta exposição, superiormente organizada pelo Museu Municipal de Faro e com o qual estabelecemos uma parceria virtuosa, é um exemplo do conhecimento da arte e da cultura que queremos e devemos dar a conhecer à comunidade. Para além do vastíssimo espólio que continuará a ser apresentado, pretende-se criar uma oportunidade única para a região Centro de poder desfrutar também de grandes coleções e exposições, que habitualmente não fazem itinerância fora dos grandes centros culturais”, destacou Pedro Cardoso, adiantando queao percorrermos esta mostra, ficamos a conhecer melhor a pintura portuguesa no movimento artístico do romantismo, entre os séculos XVIII e XIX, mas também a sociedade daquela época”.

A exposição “Retratos Românticos – Individualidade, Memória, Emoção” remete-nos para uma viagem tridimensional, em que à expressão cultural se acrescentam as dimensões pedagógica e sociológica, complementa.

Também o diretor do Museu Municipal de Faro destacou o espaço belíssimo onde decorre esta exposição, lembrando que “a museologia tem a capacidade de unir territórios, mas também descentralizar a culturapor locais que parecem mais distantes dos grandes centros”.

Seguiu-se uma visita guiada por Ramiro Gonçalves, que depois de enfatizar a democratização do retrato que despertou no período romântico, deu a conhecer o significado de algumas das peças expostas à luz da sociedade da época.

Organizada pelo Museu Municipal de Faro, onde esteve exposta anteriormente, esta valiosa antologia artística contou com o benemérito contributo de diversos colecionadores e tem a chancela de reputados técnicos do Museu Nacional de Arte Antiga.