As 2.750 toneladas de nitrato de amónio que se encontravam num armazém em Beirute e que provocaram duas explosões que devastaram a capital libanesa tinham como destino uma empresa portuguesa.
As mais de duas mil toneladas de nitrato de amónio que se encontravam num armazém em Beirute, e que provocaram as duas explosões, destinavam-se à Fábrica de Explosivos de Moçambique (FEM), que é propriedade da empresa portuguesa Moura & Silva, da Póvoa de Lanhoso.
A notícia é avançada pelo jornal ‘Público‘, que ouviu o porta-voz da empresa.
“Esta foi uma encomenda normal, de uma matéria que a empresa utiliza na sua atividade comercial, cumprindo sempre de forma escrupulosa todos os requisitos legais e melhores práticas internacionais”, assegurou.
O porta-voz da empresa explica, no entanto, que aquela carga ainda não era da empresa. Apenas foi feita a encomenda, que seria paga quando chegasse ao seu destino, a cidade da Beira, no Norte de Moçambique.
A empresa não adiantou à publicação qual a utilidade da carga deste produto, que tanto pode ser utilizado como fertilizante, como para criar explosivos.
créditos: EPA/TONY VRAILAS
Encomenda atribulada
Em 2013, o navio “Rhosus”, com bandeira da Moldávia e proveniente da Geórgia, fez uma escala em Beirute, a caminho de Moçambique, de acordo com uma fonte de segurança libanesa.
Segundo o portal Marine Traffic, chegou a 20 de novembro de 2013 e nunca mais saiu, devido a problemas técnicos.
De acordo com as fontes de segurança libanesas, enquanto o “Rhosus” estava em trânsito em Beirute, uma empresa libanesa teria apresentado uma reclamação contra a companhia à qual a navio pertence, pressionando a justiça local para apreender o “Rhosus”.
A carga foi colocada num armazém e o navio, danificado, acabou por se afundar.
Madremedia