EXEMPLO DE FORÇA E CORAGEM…

 

Nome: Leandro amador.

Profissão: Massagista.

Idade: 34 anos.

Paixão: Poesia! Poesia! E mais… Poesia!

Sim, Leandro Amador tem nas veias a paixão pela escrita.

Uma paixão para quem escreve e para quem lê o que escreveu…

Por esse motivo escolhemos a sua pessoa para “simbolizar” aqueles que têm a coragem de colocar no papel, ou no pc, um pouco do que lhes vai na alma. É preciso “enfrentar alguns monstrinhos” para expor o que se sente, o que se viveu, o que se sonha, e “enfrentar” as críticas de quem o lê! Leandro Amador faz parte desta seleção de homens e mulheres que  através das palavras, conseguem tocar o coração de quem tem em mãos um livro seu. Assim, o que se verá abaixo é apenas o que pensa e sente o cidadão Leandro. Quanto ao que o poeta e os seus pares escrevem, vai aqui uma notícia em primeira mão:  Numa parceria que julgamos muito importante e interessante, a partir do mês de Maio, SEMPRE NA PRIMEIRA SEGUNDA-FEIRA de cada mês, publicaremos aqui, escritas do grupo POESIA DA BEIRA RIA -AVEIRO. Esperamos assim, contribuir um pouco mais com a BELA cultura que se faz em toda a região Gandareza e arredores.

Deixada aqui a novidade, deixemos de transmitir nossas palavras, e damos a palavra ao Leandro…

JM. – Como  define o “ser humano” Leandro Amador?

LA. – O Leandro Amador é um ser humano extrovertido, bem-disposto mas também em certas alturas um pouco pessimista.

Gosta de ajudar o próximo, diverte-se nas ondas poéticas para descontrair do trabalho de massagista do dia-a-dia.

É um jovem de 34 anos e que apesar da deficiência visual não baixa os braços e por vezes até se esquece que é cego.

JM. – Conta-nos como surgiu a poesia na sua vida?

L.A.. – A poesia na minha vida aconteceu por mero acaso, pois já surgiu em idade adulta, quando tive a minha primeira ajuda técnica de apoio a escrita depois que fiquei cego e surgi no mercado de trabalho. Comecei por rabiscar uns poemas sem fundamento, mas acabei  por ganhar entusiasmo e cada vez mais a aperfeiçoar-me,  desde então vou escrevinhando umas coisas, e já lá vão quase dez anos. E com a participação em algumas antologias e com um livro de poesia editado.

JM. – A “Casa da poesia do Leandro” era um objetivo antigo, ou a ideia foi aparecendo “do nada”?

LA. – A “casa da poesia do Leandro”, surgi-o no facto das redes sociais hoje em dia serem uma boa plataforma de divulgação e de aproximação ao público através de um simples clique.

Antes de surgir esta página na qual lhe dei o nome de “casa da poesia do Leandro”, eu tinha um blog, que se chamava “a minha vida é isto”, mas depois do meu lançamento do livro poético “Utopias tulipas e devaneios o jardim da minha vida”, decidi transportar-me para o Facebook onde vou expondo os meus trabalhos poéticos para apreciação do publico e à espera do feedback de quem me lê!

JM. – A cultura em Portugal e em particular a escrita – recomenda-se? O que falta para crescer mais?

LA. – Sim a escrita portuguesa ou melhor de autores portugueses recomenda-se, pois já temos bons e novos escritores que vão surgindo, apesar de hoje em dia existirem muitas editoras, muitos escritores mas a desejada divulgação dos autores ficam em grande parte pelas promessas, porque tenho vindo a reparar que estas novas editoras fazem dos autores uma espécie de mercadoria com objetivos de lucros imediatos.

E nós autores para podermos entrar nas prateleiras das principais livreiras, temos de pagar e bem para isso, e depois também a promoção do nosso trabalho por vezes também não é do melhor.

Em Portugal para se vender livros não precisamos por vezes de ser bons escritores, mas sim ter nome na comunicação social ou na grande Rivalta.

JM. – Há projetos para a “Casa da poesia do Leandro”? Quais são as iniciativas em curso e/ou futuras?

LA. – Projetos para a “casa da poesia do Leandro”, era colocar mais um livrinho para o público, mas ainda não é o tempo certo, porque desta vez tem de ser bem pensado para não cometer os erros do anterior, o autor escreve e por consequência gostaria de rever um pouco o seu trabalho valorizado.

Mas para além deste projeto pessoal, tenho em paralelo um grupo de poesia onde pretendemos divulgar a poesia e poetas tanto aqui na cidade de Aveiro mas não só, mas ainda estamos nos pilares deste novo projeto

E já agora para todos que estão a ler esta entrevista, e gostem de ler poesia ou mesmo sejam escritores da mesma poderão aderir ao grupo “POESIA DA BEIRA RIA – AVEIRO”.

JM. – Muitos têm a opinião de que os meios de comunicação de massa “distorcem” as mentes das pessoas. Concorda com esta opinião? Se sim, o que julga ser necessário mudar para as coisas melhorarem nesse sentido?

LA. – Eu creio que possam ter um pouco de influência, mas toda a gente que seja convicta dos seus objetivos não se deixam moldar assim com tanta facilidade.

JM. – Se pudesse ser ministro da cultura deste país, quais seriam as ideias que procuraria pôr em prática durante o seu mandato?

LA. – S e fosse politico deixaria de ser eu, mas tentaria promover mais a cultura e tentar implantar uma educação cultural desde bem cedo nas escolas, através de uma disciplina, criar incentivos para que as pessoas pudessem aderir com mais facilidade, E procurar dar incentivos a entidades culturais para que pudesse fazer preços mais acessíveis para cativar publico, porque em Portugal a cultura está cara e não é acessível a todas as bolsas.

JM. – A crise anda aí – todos o sabemos – de quem é a culpa, em sua opinião?

LA. – A culpa para esta crise que todos estamos a passar começa logo pela justiça Portuguesa, que usa dois pesos e duas medidas.

Fizeram-se desvios no B.P.N, e toda a gente sabe quem por lá passou, e nada fazem e ainda deixam prescrever processos, também os incentivos que davam as pessoas para se afundarem em créditos para tudo e mais alguma coisa, o número abusivo do desemprego e as facilidades que deram aos patrões para despedirem tudo isto ajuda para a crise que todos nós temos de a pagar nos altíssimos impostos que nos são impostos, e tanta coisa que teríamos que nomear aqui mas o espaço é curto.

JM. – Há “remédios” mais eficazes que os que estão a ser usados para a crise?

LA. – Um dos remédios seria conseguirmos arranjar políticos honestos, administradores públicos que não acumulassem cargos e que tivessem menos salários, sem ser aqueles números abusivos que muitos de nós sabemos, criar postos de trabalho para que as pessoas pudessem a ter poder de compra apostar na exportação, menos mordomias para os políticos e acabar com o excessivo numero de deputados, e terminarem com as reformas para os políticos logo após aos seus mandatos, tal como nós receberem só na idade da reforma tal como um trabalhador dito normal e privatizar algumas das empresas publicas nomeadamente C.P. “Comboios de Portugal”, P.T, “Portugal Telecom”, etc.

E não estarem a cortar na educação e saúde. Mas também aqui teríamos conversa sem fim e o curto espaço não permite.

 

JM. – A vida que levamos atualmente pode ser contada em ritmo de samba, ou não passa de uma “tragédia grega”?

LA. – Enquanto não tivermos políticos com novo olhar, e uma mentalidade patriotista creio que iremos continuar envolvidos neste manto de tragédia grega, e com um interior  alcatroado sem ambição para nada.

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