A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou na passada quinta-feira a realização de uma investigação a Luís Filipe Menezes, ex-autarca de Gaia, por suspeitas de corrupção para enriquecimento pessoal.
De acordo com a nota que fonte oficial da PGR enviou à Lusa, “a matéria objeto de notícias hoje publicadas encontra-se em investigação e está em segredo de justiça” e “até ao momento não foram constituídos arguidos”.
Em notícia publicada pelo Correio da Manhã, o património declarado pelo ex-autarca e aquele que as autoridades suspeitam que também lhe pertença não é compatível com os vencimentos que declara, tendo já sido pedido o levantamento do segredo bancário do social-democrata.
Em resposta, o ex-autarca afirmou, na sua página oficial do facebook, desconhecer “completamente a infâmia” descrita no jornal, referindo ainda que recebeu a notícia “com revolta e perplexidade”. O antigo presidente da Câmara de Gaia adianta ainda que responderá de imediato “com todos os meios que o Estado de Direito tem à sua disposição”.
A Polícia Judiciária (PJ) fez buscas a “muitos documentos” da autarquia e das empresas municipais Águas de Gaia e Gaianima relativos ao mandato anterior. Esta informação foi confirmada pela própria Câmara Municipal de Gaia. “Na última semana de Julho, a Polícia Judiciária fez diligências junto do presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, para obter documentos que foram integralmente entregues”, lê-se em comunicado de imprensa da autarquia. “Todos os documentos solicitados diziam respeito ao anterior mandato, incidindo particularmente no ano de 2013.” Estas diligências foram feitas diretamente por inspetores da PJ, com a colaboração da Câmara Municipal, sem ser necessário recorrer a mandatos judiciais.