A crise e as dificuldades económicas são “amigas” do crime de tráfico de seres humanos ao “potenciarem carências” que levam homens e mulheres a “acreditar com mais facilidade” nos ardis lançados pelas redes de traficantes, concluiu um estudo.
Em declarações à agência Lusa, a responsável pelo projecto [anti]corpos, Sónia Diz, alertou para o aumento de sinalizações da prática deste crime em Portugal, um país que “importa” vítimas, mas salientou a existência de casos de tráfico de seres humanos em território nacional “sem sair da fronteira” e referiu que a geração mais nova “está mais atenta do que o que parece” a este fenómeno.
O [anti]Corpus, desenvolvido pela Delegação de Braga da Cruz Vermelha, percorreu escolas, contactou com forças policiais e órgãos de comunicação social, promoveu encontros e workshops no sentido de “dotar profissionais” e “alertar” para o crime de Tráfico de Seres Humanos e “capacitar” a sociedade civil para “reconhecer sinais” da prática deste crime.