O Benfica bateu o Rio Ave por 1-0 e reestabeleceu os dois pontos de vantagem para o Sporting. Já os vilacondenses mantêm-se no quinto lugar com 46 pontos.
Apenas o tempo dirá se é ou não de campeão, mas não há que negar que a ‘estrelinha’ do Benfica vai cintilando à medida que o campeonato caminha para o final.
Os ‘encarnados’ entraram fortes na partida, e até podiam ter marcado logo à passagem do primeiro minuto, não fosse um jogador do Rio Ave a tirar a bola em cima da linha de baliza, quando Jardel já se preparava para festejar.
A equipa de Pedro Martins não se deixou intimidar pela entrada em falso e a aposta nas investidas velozes pelas alas foram uma constante. Fejsa, que tem vindo a adquirir cada vez maior preponderância no meio-campo ‘encarnado’, foi determinante na ajuda a Eliseu e André Almeida.
Uma boa partida, num Estádio dos Arcos a abarrotar. Não fosse a dimensão do reduto, ninguém diria que o Benfica jogava fora, tal era a quantidade de benfiquistas que se deslocaram a Vila do Conde para apoiar a equipa.
O futebol praticado pelo Benfica não foi, no entanto, o melhor. Pizzi, que já partida com o Vitória de Setúbal esteve em destaque pela negativa ao quase entregar o golo do empate nos instantes finais, voltou a denotar uma elevada dose de cansaço.
O médio, que com tanta mestria ‘desenhava’ o ataque ‘encarnado’ em passados jogos, esteve muitas vezes alheado, até mesmo desconcentrado nalgumas alturas. Este ‘apagão’ teve consequências claras, condicionando a manobra ofensiva da equipa.
A segunda parte trouxe um Pizzi ‘revolucionado’, que ‘revolucionou’ com ele o ataque do Benfica. Embora muitas vezes estivesse demasiado agarrado à bola, o polivalente começou a aparecer mais em jogo, o que se traduziu numa autêntica ‘catadupa’ de oportunidades desperdiçadas.
As ‘pernas’ do médio duraram pouco mais de dez minutos. Rui Vitória, ciente do cansaço do jogador, retirou-o e colocou Salvio. Pouco depois, havia de colocar Jiménez no lugar de Mitroglou, duas trocas que se haviam de revelar fundamentais.
O Rio Ave baixou as linhas e entregou a iniciativa de jogo ao Benfica, que passou por dificuldades para chegar com perigo à área adversária. Até que Salvio ‘desbloqueou’ o jogo.
O argentino recuperou a bola no meio-campo, conduziu-a e entregou na hora certa em André Almeida. O lateral até cruzou mal, mas a ‘estrelinha’ do Benfica brilhou mais alto. André Vilas Boas, na tentativa de afastar a bola, acabou por atirá-la à barra da própria baliza. Jiménez acreditou, antecipou-se à marcação e cabeceou para o fundo da baliza de Cássio.
As duas trocas de Rui Vitória deram efeitos imediatos, com especial destaque para o mexicano, que se começa a tornar numa ‘arma secreta’ do técnico das ‘águias’, tais são as vezes que vai marcando ao sair do banco.
O resultado final ficou fixado em 1-0 – a terceira vitória consecutiva pela margem mínima – resultado esse que recoloca o Benfica na primeira posição do campeonato, com mais dois pontos do que o Sporting, a apenas três jogos do final da competição.
Momento do jogo: Raúl Jiménez, a ‘arma secreta’ de Rui Vitória, voltou a fazer estragos. O golo marcado pode ter sido alcançado com alguma sorte, mas a verdade é que foi essencial para a vitória. E, quem sabe, para o desfecho da I Liga.
Fonte: noticiaaominuto