Pelo Grupo de Teatro Infanto-juvenil

A estreia de “A mudar se vai crescendo”, a mais recente produção do Grupo de Teatro Infanto-juvenil da Biblioteca Municipal de Cantanhede está agendada para hoje, 11 de Dezembro, às 21:30 horas, no auditório deste equipamento cultural. A peça é da autoria de Natália Queirós, ex-juíza do Tribunal de Cantanhede que fundou e tem vindo a dinamizar a companhia teatral formada por crianças e jovens desde a sua constituição, em Junho de 2004, incluindo a escrita dos textos originais ou adaptações de grandes clássicos que são levados a cena. Os jovens atores, sobem de novo ao palco no sábado, pelas 16:00 horas, para uma matiné, a que se seguirão mais três espetáculos dirigidos aos alunos do 1º CEB do concelho, nos dias 14, 15 e 16.

“A mudar se vai crescendo” retrata cenas do quotidiano de alunos, pais e professores que se vêem confrontados com situações de violência e impertinência gratuita que em nada contribuem para a função do ensino que compete à escola.

Neste contexto, alguns jovens começam a sentir necessidade de experimentarem outras formas de entretenimento nos recreios e, influenciados por uma nova aluna e pela professora de português, acabam por descobrir o teatro como uma alternativa divertida e instrutiva de ocupar os tempos livres.

O desafio é explorar conceitos a partir de uma abordagem à mitologia grega. No final de muitas peripécias, vai tudo para o Olimpo, onde Zeus, algo perplexo com a postura dos mortais, acaba por dar-lhes a sua ajuda no que for útil, entendendo que nem tudo está perdido, já que a caixa de Pandora havia retido a esperança. E tudo acaba em festa, para alegria de Dioníso, com uns frágeis mas generosos arremedos de flauta e violino por Atena e Apolo e com a Corte Olímpica a cantar um brevíssimo excerto do Hino da Alegria.

Para a autora de “A mudar se vai crescendo”, a mudança deve fazer-se, mas “só se for para melhor… Quem muda para pior não consegue crescer! É isso o que se conclui do texto, como de resto a vida documenta”…

Segundo Natália Queirós, “a peça é constituída por uma abordagem declamada, em jeito de prólogo, que se enunciam uma diversidade de causas ou incitações à mudança. São seis atos e oito cenas numa reflexão sobre a mudança, implícita à própria vida, nas suas múltiplas facetas, tendo por essencial a necessidade de mudança urgente relativamente à violência juvenil nas escolas, o já tristemente famoso bullying”.

“A peça está escrita em prosa, nos atos encenados na escola, e em verso – redondilha maior -, na encenação do Olimpo, cumprindo-se assim a tradição clássica do teatro”, adianta a dinamizadora do Grupo de Teatro Infantojuvenil da Biblioteca Municipal de Cantanhede.

 

Grupo de Teatro Infanto-juvenil da Biblioteca Municipal de Cantanhede

O Grupo de Teatro Infanto-juvenil da Biblioteca Municipal de Cantanhede é constituído por 15 crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 5 e os 19 anos. Este grupo teatral nasceu em 2004, por iniciativa de Natália Queirós que, após a sua jubilação como magistrada no Tribunal de Cantanhede, tem desenvolvido na cidade uma importante atividade cultural relacionada com as artes teatrais. Entre as iniciativas que tem levado a efeito, destaca-se a criação deste grupo que desde a sua fundação em 2004 já realizou 117 sessões de 23 espetáculos teatrais diferentes, aos quais assistiram mais de 14.250 pessoas, sobretudo alunos do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico do concelho. O Grupo de Teatro Infanto-juvenil da Biblioteca Municipal de Cantanhede integra atualmente 15 elementos, com idades que variam entre os 5 e os 19 anos. Alguns dos elementos mais antigos foram saindo, em função dos seus interesses e ocupações escolares, no decurso de um processo natural de renovação e o próprio grupo foi-se refrescando com a entrada de outros jovens atores.

 

Espetáculos apresentados pelo Grupo de Teatro Infantojuvenil da Biblioteca Municipal

Junho de 2004 – “A Carochinha”;

Dezembro de 2004 – “E nessa noite os animais falaram”;

Junho de 2005 – “Nem só de pão vive o Homem”;

Dezembro de 2005 – “Aventura na loja dos brinquedos”;

Junho de 2006 – “A protecção de Baco”;

Dezembro de 2006 – “A noite em que o deserto floriu”;

Junho de 2007 – “Reciclando a Vida”;

Dezembro de 2007 – “Pensando o Natal”;

Junho de 2008 – “Era uma vez…Viagem ao imaginário infantil” (adaptação de conto);

Dezembro de 2008 – “O Deus que não cabia no Olimpo”;

Junho de 2009 – “A idade das asas”;

Dezembro de 2009 – “Era uma vez… Um Natal de Mr. Scrooge” (adaptação de conto);

Junho de 2010 – “ “Um gato com botas” (adaptação de conto);

Dezembro de 2010 – “ Um Natal do fim do mundo”;

Junho de 2011 – “Ervilha-de-cheiro – jóia sem preço” (adaptação de conto);

Dezembro de 2011- “Um Natal a 100%”;

Junho de 2012 – “O nariz e a verdade” (adaptação de conto);

Dezembro de 2012 – “Quando o Natal acontece até brinquedos têm alma!”;

Junho de 2013 – “Onde mora a Alegria?”;

Dezembro de 2013 – “Uma luz que não se apaga”,

Junho de 2014 – “A flor da macieira”;

Dezembro de 2014 – “Clube dos sonhos”;

Maio de 2015 – “O príncipe nabo” (Ilse Losa) e

Dezembro de 2015 – “A mudar se vai crescendo”.