Com causas ainda desconhecidas, catorze pessoas morreram e 41 outras ficaram feridas em Espanha na sequência de um acidente de autocarro, ocorrido na noite de sábado, em Venta del Olivo, em Cieza, Murcia.

O autocarro, no qual seguiam 55 pessoas, foi contratado por uma paróquia para uma excursão religiosa a Madrid e caiu num precipício de uma altura de 15 metros quando regressava ao município de Bullas (Murcia).

O acidente ocorreu às 22.20 horas em Portugal continental, segundo o Centro de Coordenação de Emergências de Murcia.

“Não pude travar, não pude travar!” – estas foram as palavras do motorista instantes antes do acidente, segundo relatos de passageiros ao jornal “La Verdad de Murcia”. Segundo a Guardia Civil, o motorista, que sofreu um ataque de ansiedade após o acidente, confirmou que os travões não funcionaram.

O condutor não acusou qualquer droga ou álcool nas análises ao sangue.

Luis Gestoso, diretor geral de Emergências do Governo em Murcia explicou que dez das vítimas mortais morreram no local do acidente. Entre as vítimas que faleceram no hospital, encontra-se o padre de Bullas, de 38 anos.

Os feridos, entre eles pelo menos seis em estado grave, estão em vários dos hospitais da região.

Este é já considerado como o terceiro acidente de autocarro mais grave em Espanha desde 2000.

Apesar da suspeita de um problema nos travões, as autoridades que estão a investigar o caso não descartam nenhuma possibilidade.

O autocarro, da empresa J. Ruiz, terá cerca de dez anos e, segundo o proprietário, estava “em perfeito estado” e tinha passado na inspeção técnica, “porque tinha prevista a viagem a Madrid”.