Os primeiros 27 lugares das escolas com melhores médias nos exames nacionais do secundário são ocupados por colégios privados, registando-se uma subida de cinco lugares das escolas públicas no ‘ranking’ elaborado pela Lusa.
É no Porto que se encontram as escolas pública e privada com melhores resultados nos exames do secundário, segundo um ‘ranking’ elaborado pela agência Lusa tendo em conta as médias dos alunos internos das escolas onde se realizaram mais de cem provas.
Os alunos do Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, voltaram a destacar-se ao conseguirem a melhor média nacional, com 15,02 valores em 479 exames realizados.
Numa lista de 521 estabelecimentos de ensino, a primeira escola pública surge em 28.º lugar, graças aos estudantes da Secundária Garcia de Orta, também no Porto, que fizeram 796 exames e obtiveram uma média de 12,91 valores.
Comparando com o ano anterior, quando os primeiros 33 lugares da lista foram ocupados por privados, verifica-se uma ligeira subida das escolas públicas.
As dez escolas públicas com melhores resultados encontram-se nos primeiros 50 lugares da lista, sendo que, muitas vezes, as diferenças entre elas só são percetíveis olhando para as centésimas.
Tal como nos outros anos, as escolas com melhores classificações são frequentadas, maioritariamente, por alunos de famílias sem dificuldades financeiras e com pais com formação superior ou, pelo menos, com o 12.º ano.
É na cidade de Lisboa que se encontra metade das escolas do top 10 deste ‘ranking’ de 521 estabelecimentos: os colégios Manuel Bernardes, São João de Brito e Santa Doroteia (em 2.º, 3.º e 4.º lugares, respetivamente) assim como o Salesianos de Lisboa e o Valsassina (em 7.º e 9.º).
O Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, é o quinto classificado, seguindo-se o Colégio St. Peter’s School, em Palmela, em 8.º lugar o Colégio Nova Encosta, de Paços de Ferreira, e em 10.º os Salesianos do Estoril.
Também entre os estabelecimentos de ensino público, os melhores resultados voltam a destacar as escolas que já se distinguiram noutros anos.
Em 1.º e 4.º lugar aparecem secundárias do Porto – a Garcia de Orta e a Clara de Resende – que são separadas por duas escolas de Lisboa – a D. Filipa de Lencastre e a do Restelo.
A escola Eça de Queiroz, na Póvoa do Varzim, e a Infanta Dona Maria, em Coimbra, aparecem em 5.º e 6.º lugar da lista, onde volta a aparecer um estabelecimento de ensino do distrito de Lisboa: a Escola Secundária Sebastião e Silva, em Oeiras.
A Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, e a Secundária da Quinta do Marquês, em Oeiras, e a Carlos Amarante em Braga ainda fazem parte do top 10, onde as médias variam apenas algumas décimas: a média da escola que fica em primeiro lugar é de 12,91 e a média da escola que aparece em 10.º é de 12,22 valores.
No fim da lista deste ‘ranking’ aparecem, invariavelmente, escolas inseridas em bairros mais carenciados e onde a grande maioria dos alunos tem apoio social escolar e os pais têm pouca escolaridade, fatores que condicionam o sucesso académico dos estudantes.
Este ano, os resultados mais fracos voltaram a registar-se em escolas inseridas em realidades distintas, desde o Barreiro, no distrito de Setúbal, as ilhas dos Açores e Madeira e em Timor-Leste, onde se verificaram médias negativas e disparidades significativas entre a média de exame e a média da nota atribuída pela escola aos alunos (CIF).
Lusa