A parceria Jornal Mira Online / Poesia da Beira-Ria tem dado bons frutos. Com entrevistas periódicas, vai-se mostrando um pouco do muito que se faz em matéria de poesias por este Portugal fora.
Esta é a primeira entrevista do ano:
1- Perfil do Poeta:
- a) Nome: José Alfredo Batista Matos
- b) Profissão: Formador mecanização agrícola
- c) Residente (localidade) Montegil
2580-108 Aldeiagavinha
2 – JM. – Como se define em termos de ser humano?
JABM – Sou um ser humano com preocupações sociais, e com muita esperança num mundo melhor.
3 – JM. – Os autores que mais o marcaram, foram autores poéticos ou outros? Mencione dois ou três.
JABM – Poéticos e outros. José Saramago, Fernando Pessoa, Alexandre O’neil.
4 – JM. – De alguma forma estes autores que referiu, o levaram à escrita da poesia? Refira qual o Autor.
JABM – Na realidade, nenhum me levou à escrita, já escrevo desde os meus 15 anos.
5 – JM. – A aceitação do que escreve poeticamente é analisada por si em que “meios”? ( Facebook, antologias, livros publicados, saraus poéticos e/ou outros).
JABM – Em todos os meios que foram referidos.
6 – JM. – Defina a razão das apreensões e dificuldades que os autores têm na edição dos seus próprios livros.
JABM – Os autores para verem os seus trabalhos publicados têm que pagar, penso ser essa a principal razão das apreensões.
7 – JM. – O que encontra de verdade no que escreve para considerar que é um Autor a ser consagrado?
JABM – Aquilo que escrevo, penso que pode dar algum contributo para a alteração da mentalidade que é necessária ao ser humano para a melhoria da sociedade, pode ser essa a verdade que encontro.
8 – JM. – Mencione e transcreva o poema da sua autoria com que mais se identifica com o seu sentido de Autor de poesia.
JABM – “SONHAR
Sonhar
Se o sonho
comanda a vida
vamos continuar
a sonhar,
porque aqueles
que não sonham
não querem este
mundo transformar.
E se
o mundo
retroceder
que vai ser
da humanidade?
Vai continuar
a haver fome
voltaremos
à escravatura
e voltará, a não
haver Liberdade.
José Alfredo Matos
9 – JM. – Mencione duas ou três razões por que há medo de ler poesia e o facto de os saraus poéticos terem pouca gente.Incentivaria uma escola para declamadores?
JABM – Não diria que há medo de ler poesia, diria antes que não há sensibilidade para a temática. Incentivaria uma escola para declamadores, porque existem vários(as) autores(as), que tal como eu não gostam de declamar aquilo que escrevem.
10 – JM. – Que falta de apoios existe para a divulgação da poesia?
JABM – Os apoios deveriam começar pelo ministério da cultura aos autores, de forma a que eles tivessem incentivo para a criação, começando por destinar uma percentagem do PIB para a cultura, não cobrando impostos para quem cria, dando apoio à publicação pelos autores das suas obras.
11 – JM. Verifica-se que hoje em dia existem uma grande quantidade de editoras. Na sua opinião acha que neste caso o poeta tem mais opção de escolha para a sua divulgação ser um sucesso, ou muitas delas faz dos escritores lucros e números?
JABM – O que acontece é isso mesmo, as editoras fazem dos autores lucros e números.
12 – JM. Se já editou algum livro refira-nos quais e onde os podemos adquirir?
JABM – Já publiquei um livro “RECANTOS DA MEMÓRIA”, lançado em Janeiro de 2014 e já participei em três coletâneas poéticas.(vou saber onde se podem encontrar).
13 – JM. Hoje em dia a divulgação online está muito avançada, possui alguma pagina ou site onde podemos ver algum do seu trabalho literário?
JABM – Por enquanto só tenho página no facebook.(José Alfredo Matos)
EM BAIXO ESCREVA O QUE ENTENDER SOBRE SI E A ARTE POÉTICA.
JABM – Sobre mim pouco tenho a adiantar ao que disse atrás. Sobre a arte poética, penso que é um dom que nasce com a pessoa, tal como outro dom, por exemplo pintar.