10.02.2025 –

Lance aconteceu ao oitavo minuto do encontro entre Sepins e Cova-Gala. Jogo foi suspenso e, agora, caberá à AFC decidir o que fazer.

Foi num lance duro, onde um jogador do Cova-Gala acabou por atingir o colega do Sepins, que acabou por acontecer o mais recente problema no futebol distrital de Coimbra.

Decorria o oitavo minuto de jogo que ainda ditava um resultado nulo quando um jogador do Sepins acabou por desmaiar, devido à “imprudência” do adversário, que acabou por atingi-lo gravemente, a ponto do jogo ter sido interrompido por mais de meia hora, para que o atleta fosse estabilizado, após a chegada dos Bombeiros e, posteriormente, transportado para os Hospitais da Universidade de Coimbra.

A partir desse momento, não houve mais futebol, uma vez que o árbitro suspendeu o encontro. A suspensão aconteceu, após a expulsão do atleta infrator, mas as versões de cada um dos clubes são divergentes.Conheça cada uma delas.

Para o Sepins, o Cova-Gala “não quis mais jogar”

O treinador da equipa do Concelho de Cantanhede, Wilson Ferra, transmitiu à reportagem do Jornal Mira Online que o seu atleta “aos oito minutos de jogo, sofreu uma agressão que acabou por deixá-lo inanimado, inconsciente”. Em meio à natural preocupação de todos, público, jogadores e staffs incluídos, foi necessário aguardar o atendimento realizado, primeiramente pelos departamentos médicos e depois, pelos Bombeiros que para ali se deslocaram.

Wilson Ferra adianta, ainda que, a dada altura, o árbitro do encontro apercebeu-se que o lance havia sido filmado e pediu à quem tinha o telemóvel se poderia visualizar o que se passou. Assim sendo e, depois de ter visto a imagem do lance, ao reatar o encontro aos 40 minutos – depois de cinco minutos antes ter perguntado aos capitães se queriam reatar a partida – o árbitro acabou por dirigir-se ao jogador do Cova-Gala, tendo lhe mostrado a cartolina vermelha e a respectiva ordem de expulsão.

Nesse momento, gerou-se “uma confusão, por parte do Cova-Gala que acabou por não querer mais jogar”. “Simplesmente, quando o árbitro conheceu essa vontade, apitou para o final do jogo e foi-se embora com os seus assistentes” contou o, ainda, incrédulo treinador, por tudo o que se tinha passado desde a lesão do seu pupilo.

Para o Cova-Gala é hora de “aguardar o relatório do árbitro”

O Jornal Mira Online procurou ouvir de Rui Camarão, delegado ao jogo por parte do Cova-Gala, a sua opinião sobre o acontecido na tarde de mais um Domingo que tinha tudo para ser um momento de lazer e desportivismo.

Antes de mais, Rui Camarão quis deixar “claro que não falo em nome da Direção, mas em meu nome pessoal, visto que ainda não nos reunimos para debater a situação”. Deixado o devido esclarecimento, o dirigente da equipa do Concelho da Figueira da Foz fez questão de defender o jogador. “Sim, foi uma entrada dura e “imprudente” podemos assim dizer, mas… não houve maldade do nosso jogador, pois ele jamais o faria propositadamente!”

“Naquele momento, fiquei a ver tudo o que estava a ser feito, ao longe, para não atrapalhar” assumiu. Sei que, durante o período, o árbitro disse ao nosso jogador que “não haveria, a partir dali, contemplação… entretanto, foi dada a imagem de um vídeo ao árbitro que, após visioná-la, quando recomeçou o encontro, deu ordem de expulsão ao nosso atleta!”

Ao mesmo tempo que questiona “a visualização do lance por parte do árbitro”, o dirigente figueirense entende que este agiu “dentro do direito que lhe assiste” e que, a partir deste momento, só resta “aguardar com serenidade pelo Relatório do Árbitro para sabermos se tomaremos ou não, alguma posição”. Rui Camarão, não deixou de exprimir, entretanto, a sua perplexidade por ver a imagem do lance a circular nas redes sociais. “A responsabilidade é de quem as publicou” afirma.

A lesão

Resta salientar que, apesar do enorme susto e dos momentos aflitivos e tensos que se seguiram à sua queda inanimada no relvado, o jogador em causa, Ricardo Morais, “encontra-se estável e isso é um bom sinal” como referenciou  Wilson Ferra. “O nosso jogador ficou inconsciente, sem conseguir falar mas, felizmente, encontra-se a recuperar bem…”

Jornal Mira Online