“Eles não sabem nem sonham… que o sonho comanda a vida!”

Quando se vê Miguel Ângelo, um jovem de 11 anos de idade a cantar “Pedra Filosofal”, percebe-se que a tal Revolução dos Cravos deu, e continuará a dar, frutos!

Casa do Povo de Mira recebeu boa plateia na tarde de sábado para assistir a um espetáculo com artistas mirenses que se juntaram para não deixar passar em branco o 25 de Abril… mesmo que tenha sido 2 dias depois!

Artistas que usaram a voz e os acordes para levar ao público uma mensagem de liberdade, de esperança e de crença no amanhã. Miguel Ângelo Lourenço, em meio a tantos excelentes músicos e cantores, cativou o público com a sua forma simples e tímida de atuar e, também, pelo arrojo de ousar cantar tamanho símbolo de tempos de outrora – símbolo este, que ainda hoje toca nas rádios e na alma de quem escuta…

Mas, não se ficou pelas músicas e pelos artistas, a tarde! Ouvir Rui Pato contar, na primeira pessoa, um pouco da sua história – afinal, era um pouco da história de muitos outros portugueses – da sua convivência com José Afonso e da sua vivência como se humano, acabou por deixar a todos os presentes a sensação exata que cada um deles passou ou podia ter passado pelos mesmos dissabores, amarguras e incertezas de há pouco mais de 45 anos atrás.

Sem dúvida alguma, em cada melodia, em cada arranjo, em cada poema declamado ou cantado, quem se fez presente na Casa do Povo de Mira, sentiu-se transportado para um período triste da história e, ao mesmo tempo, acalentado pela convicção de que a Democracia não é o melhor dos mundos, nem é perfeita… mas é, antes de tudo, o sistema em que mais se pode sentir a força da palavra liberdade

Parabéns a todos, portanto, que participaram nesta magnífica iniciativa!

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