“O Domingo foi declarado por Constantino, Imperador Romano, a 3 de julho de 321, como dia feriado.
Com a declaração deste dia como dia feriado, o imperador não só respondeu a exigências cristãs, mas celebrou-se também a si mesmo porque ele mesmo tinha o cognome de “Sol invictus”. No tempo romano o primeiro dia da semana era invocado como o dia do deus sol (die solis).
Os governantes por vezes tentam influenciar a vida dos seus súbditos introduzindo dias feriados para se celebrarem a si mesmos ou os seus feitos!
O Domingo, dia da celebração da ressurreição de Jesus, também convinha aos cristãos como dia Santo. O princípio do descanso sabático dos judeus foi assim transferido para o Domingo.
Em tempos da flexibilização da vida laboral, as empresas estão muitas vezes interessadas em quererem aproveitar-se do Domingo como dia de trabalho. Excepções são naturais como em hospitais, etc., mas generalizar o Domingo como dia de trabalho seria mau para a saúde e sinal de desrespeito da própria cultura. O Domingo deve ser mantido como dia de descanso.
Também a ciência chegou à conclusão de que, para certos trabalhos, é melhor trabalhar uma hora a mais durante a semana, mas poupar o dia de descanso.
A investigadora Christine Syrek da Universidade Bonn-Rhein-Sieg, nas suas investigações, resume: “Precisamos do contraste nas nossas actividades profissionais. Se estou sempre a ser desafiado mentalmente, é bom para mim comprometer-me fisicamente no meu tempo livre e vice-versa…, precisamos da distância mental do trabalho” (1).
Há línguas que usam a palavra “Domingo” (Dia do Senhor) para designar o primeiro dia da semana. Há outras línguas que usam a palavra “dia do Sol”, para designar o primeiro dia da semana; este é, entre outros, o caso na língua alemã com a palavra Sonntag”
António CD Justo
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6622