Em 1981, a Dinamarca foi o berço da energia eólica com a instalação da primeira turbina que forneceu 100% da eletricidade a um edifício. Agora, 40 anos depois, o país volta a fazer história com a criação da primeira “ilha de energia” do mundo, no Mar do Norte.
Na primeira fase, a ilha artificial terá a dimensão de dezoito campos de futebol e vai estar ligada a vários países europeus.
Na apresentação do projeto, o ministro do Clima e Energia da Dinamarca explicou que “com 10 gigawatts a ilha vai criar energia suficiente para 10 milhões de lares”. Dan Joergensen sublinhou o facto da Dinamarca ter menos de seis milhões de habitantes, “o que mostra que o país também quer contribuir para o desenvolvimento de uma estratégia verde para toda a Europa”.
A ilha vai estar ligada a centenas de turbinas eólicas e vai fornecer energia para residências e hidrogénio para uso nos setores da indústria e dos transportes. As primeiras estimativas indicam a produção e armazenamento de energia verde suficiente para garantir a eletricidade de 3 milhões de lares europeus.
Ilha da Energia
A ilha da energia, que custará cerca de 210 mil milhões de coroas dinamarquesas (33,9 mil milhões de dólares), é uma parte importante do objetivo juridicamente vinculativo da Dinamarca de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 70% até 2030 em relação aos níveis de 1990.
O país nórdico foi pioneiro tanto na eólica onshore como offshore (implantação de turbinas eólicas no alto mar), construindo o primeiro parque eólico offshore do mundo há quase 30 anos.
Em dezembro, decidiu parar a procura de petróleo e gás na parte dinamarquesa do Mar do Norte e espera, em vez disso, transformá-la num centro de energia renovável e de armazenamento de carbono.