Diana Fialho condenada a 24 anos de prisão e Iuri Mata a 23

O juiz que presidiu ao julgamento considerou que o casal atuou “sem respeito pela vida da vítima”, tendo agido “com frieza de ânimo”. A filha adotiva de Amélia Fialho foi ainda condenada a perder o direito à herança.

Diana Fialho e Iuri Mata, respetivamente filha adotiva e genro de Amélia Fialho, de 59 anos, assassinada em setembro do ano passado no Montijo, foram esta segunda-feira condenados por homicídio qualificado e profanação de cadáver.

Diana Fialho irá cumprir 24 anos de prisão, enquanto o marido cumprirá 23 anos. A pena acrescida em relação ao arguido deveu-se, segundo o coletivo de juízes do Tribunal de Almada, à “frieza” e “desrespeito” mostrado pela mãe adotiva.

Além da pena de prisão, Diana Fialho foi ainda condenada a perder o direito à herança.

O juiz Nuno Salpico, que presidiu ao julgamento, considerou que o casal atuou “sem respeito pela vida da vítima”, tendo agido “com frieza de ânimo”. Nuno Salpico considerou ainda que não houve “qualquer dúvida” na decisão e que a “prova é exuberante”.

O Ministério Público pediu, recorde-se, no começo do mês, que o tribunal aplicasse a pena máxima de 25 anos de prisão ao casal.

Os arguidos, ouvidos no Tribunal de Almada, não assumiram a autoria dos crimes. A defesa de Diana Fialho pediu mesmo a absolvição da arguida com base no princípio “in dubio pro reo”, ou seja, na dúvida, a decisão deve ser favorável ao réu.

Segundo o despacho de acusação do Ministério Público, os arguidos “gizaram um plano para matar” Amélia Fialho e, ao jantar, “colocaram fármacos na bebida da vítima que a puseram a dormir”, tendo depois desferido “vários golpes utilizando um martelo”, que causaram a morte da professora.

Após o homicídio, relatou a acusação, os arguidos embrulharam o corpo e colocaram-no na bagageira de um carro, deslocando-se até um terreno agrícola, em Pegões, no Montijo, onde, com recurso a gasolina, “atearam fogo ao cadáver”.

Lusa