Taxar bebidas açucaradas com baixo valor nutricional é uma das estratégias sugeridas pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), da Direção-geral da Saúde (DGS), com vista à diminuição do consumo de açúcar em Portugal.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que a ingestão diária de açúcares não ultrapasse 10% do total da energia diária consumida ou seja 200 calorias ou 50 gramas de açúcar.
Estima-se que em Portugal, com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (2014), a disponibilidade de açúcar seja de 94 gramas por habitante, ou seja 376 calorias por dia, praticamente o dobro das recomendações do organismo das Nações Unidas.
“A taxação sobre determinado tipo de alimentos e bebidas com menor valor nutricional é uma das várias possibilidades sugeridas pela OMS e que têm vindo a ser adoptadas recentemente a nível internacional”, recorda a equipa de especialistas deste programa da Direção-Geral da Saúde nas conclusões de uma revisão científica sobre o tema, um documento publicado sexta-feira (02/09).
“Uma eventual taxação do açúcar nas bebidas açucaradas pode caminhar a par de uma estratégia de promoção pública do consumo de água e das suas vantagens para a saúde”, defendem os especialistas.
“Uma revisão de estudos sobre a elasticidade dos preços dos alimentos estimou que um aumento de 10% no preço dos refrigerantes será capaz de reduzir o seu consumo em cerca de 8 a 10%”, lê-se ainda no documento.
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