Um ex-ministro conservador e membro atual da Câmara dos Comuns no Reino Unido foi detido por suspeitas de violar, agredir sexualmente e intimidar uma antiga assistente parlamentar, noticiou hoje The Sunday Times e Mail on Sunday.
A cadeia pública BBC acrescentou tratar-se de um político “tory”, o qual não foi identificado por questões legais, que foi interrogado pela polícia e que se encontra em liberdade sob fiança.
A polícia metropolitana explicou, em comunicado, que iniciou uma investigação sobre “quatro incidentes separados” que “alegadamente ocorreram” entre julho de 2019 e janeiro de 2020, depois de receber uma denúncia na passada sexta-feira (31 de julho).
“Um homem de cerca de 50 anos foi detido no sábado, 01 de agosto, suspeito de violação. Foi colocado em liberdade sob fiança até regressar em meados de agosto”, refere o comunicado, que acrescentou que os alegados crimes ocorreram nas “direções” londrinas de “Lambeth, Hackney e Westminster ” (onde está o Parlamento britânico).
O Partido Conservador do primeiro-ministro, Boris Johnson, emitiu também um comunicado no qual refere que as acusações são “extremamente graves”.
O jornal The Sunday Times refere que a denunciante afirma que o ex-ministro a agrediu, a obrigou a ter relações sexuais e a deixou tão tramatizada que teve que receber tratamento hospitalar.
Os crimes terão ocorrido quando ambos mantinham uma relação sentimental, de acordo com os meios de comunicação social.
Levamos estas acusações muito a sério. Dado que o assunto está agora nas mãos da polícia, não seria apropriado que comentássemos mais a esse respeito”, referiu o Partido Conservador.
A agência de notícias britânica Press Association (PA) noticiou hoje que o chefe de disciplina da formação dos Comuns, Mark Spencer, conhecia a “magnitude” das acusações e que chegou a falar sobre o assunto com a alegada vítima, mas não fez nada a esse respeito.
Um porta-voz de Spencer explicou à PA que o responsável pela disciplina conservadora “leva extremamente a sério estas acusações” e istou “fortemente” em que “qualquer pessoa que tenha falado com ele” que se diriga “às autoridades competentes”.
Lusa