Mais de 1.000 pessoas assistiram no sábado, 25 de junho, em Cantanhede, às marchas populares em honra de S. Pedro, padroeiro da cidade. Organizado pela Câmara Municipal, em parceria com a União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça, o desfile percorreu algumas das ruas do centro urbano até chegar à Praça Marquês de Marialva, onde uma numerosa assistência aguardava a apresentação final das coreografias especialmente ensaiados para o efeito.
Entre as milhares de pessoas que assistiram ao espetáculo de cor e alegria protagonizado pelos grupos de Cantanhede, Murtede, Tocha e Arrôtas, aos quais se juntou a Marcha de Santa Clara (Coimbra), como convidada, estiveram a presidente da Câmara de Municipal, Helena Teodósio, o presidente da Assembleia Municipal, João Moura, o vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso e os vereadores Célia Simões, Sérgio Negrão e José Santos, o pároca de Cantanhede, João Pedro Silva, o presidente da União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça, Nuno Caldeira, bem como outros autarcas e representantes de diversas entidades.
O desfile abriu com a atuação da Escola de Dança Flowmotion, que apresentou uma versão das marchas latino-americanas, numa fusão do estilo latino merengue com marchas populares. Seguiu-se o grupo convidado do desfile deste ano, a Marcha de Santa Clara (Coimbra), que proporcionou uma viagem pelas tradições, com referências à filigrana, ao mítico Galo de Barcelos, Vinho do Porto, fado de Coimbra, a sardinha que acompanha todo o país nos Santos Populares, o Zé Povinho, o Cante Alentejano ou os doces do Algarve.
Os grupos do concelho entraram, depois, em ação, com a Marcha de Cantanhede a prestar tributo à diva Amália Rodrigues, uma homenagem que surgiu com dois anos de atraso, devido à pandemia da Covid-19, pois evocou o centenário da fadista, assinalado em 2020.
Seguiu-se a Marcha de Murtede, que celebrou os 10 anos durante os quais tem marcado presença nas marchas populares, e a Marcha da Tocha, que retratou o ciclo do moinho ao pão, do grão à farinha e da farinha ao pão.
Coube à Marcha das Arrôtas encerrar o desfile, retratando o mar que traz alento, esperança e alegria, mas que também desperta tranquilidade, paz e harmonia, sentimentos tão necessários neste contexto pós-Covid-19 e agravados pela guerra na Ucrânia.
No total, foram mais de 300 os marchantes que criaram na Praça Marquês de Marialva um ambiente de cor, luz e alegria, com os seus coloridos e reluzentes trajes, as imaginativas quadras sobre as alegorias escolhidas e as danças coreografadas para dar expressão aos respetivos temas.
Posição destacada no programa teve, como habitualmente, a Praia da Tocha, que realizou na sexta-feira, 24 de junho, as marchas populares em honra de S. João.
O desfile, que tem como imagem de marca a elevada adesão popular, foi realizado em parceria com a Associação de Moradores da Praia da Tocha e Junta de Freguesia da Tocha, e contou com a participação de grupos de Cantanhede, Murtede, Tocha e Arrôtas, que levaram às ruas o seu entusiasmo contagiante. Com início na Marginal, os marchantes desceram a Avenida dos Pescadores, tendo o primeiro ponto de apresentação no Largo da Fonte e posteriormente no Largo de São João.