Rui Rio alerta que, se nada for feito, Portugal voltará a confinar “daqui a um ou dois meses”.
O PSD defende que os municípios que estão identificados como tendo os indicadores de risco mais elevados não devem prosseguir no desconfinamento, assim como os concelhos vizinhos. Rui Rio nota que Portugal está numa situação “francamente pior” comparando com a anterior reunião no Infarmed, lembrando que, a manter-se a tendência, o país vai chegar aos 1700 casos por dia em maio.
O líder do PSD salienta a meta da task force de vacinar os maiores de 60 anos até ao início de junho, reforçando que vai contribuir para reduzir a mortalidade. “Estamos a salvaguardar a resposta do Serviço Nacional de Saúde, que é o mais importante”, assume.
Quanto ao passo em frente no plano de desconfinamento, Rui Rio dá o mote: “não continuar o desconfinamento global, nos concelhos com indicares de risco elevados e nos que fazem fronteira”.
“Se não travarmos aí, daqui a um ou dois meses vamos ter de travar o país todo novamente”, alerta.
Sobre as escolar, o presidente do PSD insiste com a necessidade de maiores rastreios à Covid-19. “A testagem não tem corrido da melhor maneira, designadamente nas escolar. São elementos nevrálgicos para o contágio. Se estamos a abrir o principal perigo, que se façam os testes que têm de ser feitos”, aponta.
Além das escolas, o líder social democrata nota ainda outro espaço de risco: os aeroportos. “O controlo nos aeroportos é vital. Foi-nos explicado que a variante da África do Sul é muito mais perigosa, está controlada, mas tem de continuar a ser monitorizada”, diz.
Rui Rio reforça que o partido tem de colocar a favor do Governo todos os meios para travar a pandemia, pelo que votará a favor do estado de emergência. O líder do PSD admite que quando o estado de emergência já não for necessário, o Presidente da República será o primeiro a defendê-lo”.
Filipe Santa-Bárbara / Francisco Nascimento / TSF