12.10.2024 –
A nova Direção da AHBVM toma posse na tarde deste sábado. Liderada por Cristina Rocha, a equipa terá – seguramente – muito trabalho pela frente. Aqui, a nova Presidente dá-nos pistas sobre o que será feito a breve trecho, dentre outros assuntos. Vale a pena ler!
JMO – De forma concreta, quais serão as primeiras ações que a Direção irá tomar, após estar empossada?
CR – O primeiro passo será quantificar a real e atual situação económica da Associação, pelo que iremos contatar todos os fornecedores, credores e entidades financiadoras para conseguir o apuramento das contas correntes o mais rápido possível e poder comunicá-las aos associados. Nessa altura apresentaremos as nossas propostas administrativas de resolução, pelo que a participação de todos os associados (como é de seu direito e responsabilidade) será crucial. Em paralelo vamos iniciar uma auditoria forense externa às contas da Associaçao relativa aos últimos 3 anos. Em termos de angariação de fundos, vamos atualizar a lista de associados e agilizar o processo de pagamento das quotas; promover a angariação de novos sócios e socios-empresa; dia 19 de outubro iremos estar na exploração do bar da Fase Regional do Campeonato Nacional de Karaté e a partir de dia 12 de outubro estaremos a vender rifas para um sorteio a realizar no dia 31 de outubro. Temos também previsto a realização de um porta-a-porta, contudo temos consciência da necessidade de repôr alguma da credibilidade da Associação junto à população e por isso a ordem de trabalhos apresentada.
JMO – Genericamente falando, qual a sua percepção de todo o processo que levou à convocação de Eleições?
CR – Na minha percepção, há pilares que são fundamentais para o bom funcionamento de uma associação como a nossa tal como confiança, respeito, comunicação, clareza, responsabilidade, honestidade e humildade. E todos eles são tão frágeis que se perdendo um, perdem-se todos…
JMO – Já teve alguma conversa informal com o Comando dos BVM? Se sim, pode dizer-nos algo sobre ela?
CR – Sim, já tive oportunidade de ter uma conversa informal com o comandante, uma vez que havia a necessidade de coordenar esforços para a organização do evento de dia 19, assim como a coordenação de agendas para a fase de transição. Nessa conversa ambos tivemos oportunidade de trocar e avaliar algumas das nossas ideias e visões para o futuro da Associação, podendo afirmar que estas se encontram alinhadas.
JMO – Os próximos tempos serão de imenso trabalho em prol da Casa e da Causa. O que é que lhe moveu, pessoalmente, para ter proposto a sua candidatura?
CR – Durante vários anos fui investigadora na área da medicina e por isso a causa de ajudar e trabalhar em prol do próximo sempre esteve presente na minha vida. Em 2021 regressei a Portugal, e a Mira, por isso fazer-me associada desta associação pela sua causa e missão fez todo o sentido. Desde o primeiro dia que tenho participado em todas as Assembleias e procurado seguir o estado da Associação. Por isso sempre tive plena consciência da situação que iria encontrar. A ideia de concorrer foi uma mistura entre a disponibilidade que agora a minha situação profissional e pessoal me permitem, a responsabilidade de associada, e a necessidade de apoiar e motivar uma nova geração de associados que possam ser o futuro desta associação. A confiança de que foi a decisão correta reflete-se todos os dias na motivação e resiliência da Sara Paião (a quem devo o desafio de encabeçar esta lista) bem como de toda a equipa que juntas reunimos.
Cristina Rocha