O presidente do Município de Mira, Raul Almeida, diz não concordar com algumas medidas decretadas pelo Governo, no âmbito do combate à covid-19, mas há “uma matriz” em vigor “a que temos de obedecer”.
O autarca comentava a situação quando, na manhã de hoje, foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de o concelho de Mira, ter entrado no risco muito elevado de incidência de covid-19 e sobre as medidas decretadas pelo Governo.
Esta é a “matriz a que temos de obedecer”, mas, no seu ponto de vista, não é “a mais correta”, sublinhou.
“Estamos na mesma matriz de avaliação que está Lisboa. Lisboa tem 500 mil habitantes e Mira tem 12 mil habitantes, portanto sofremos com essa matriz, mas são as regras que temos”, acrescentou Raul Almeida.
“Por outro lado, há outra medida com a qual não concordo que é a regra de ao fim de semana termos de fechar às 15:30. Temos aqui a praia que vai estar aberta a funcionar, mas temos os apoios de praia, os cafés, os restaurantes e tudo aquilo que dá apoio às pessoas que se deslocam aqui à praia. Se fechassem as 22:30 seria o mais lógico durante este fim de semana”, sustentou.
Relativamente ao cancelamento de reservas nos estabelecimentos hoteleiros locais, o autarca diz que “começa a existir cancelamento não só nas unidades hoteleiras, mas também na procura de casas e, é claro, isto tem impacto na nossa economia local”.
Apesar desta situação, o presidente da Câmara de Mira, no distrito de Coimbra, deixa uma palavra de apelo para que todos tenham todos os cuidados, pois o verão ainda está a começar e ainda “se vai a tempo de reverter a situação”.
O município vai reunir com Comissão de Proteção Civil para fazer a análise com as autoridades de saúde e refere que na próxima segunda-feira, vão ser estudadas “algumas medidas de apoio face a esta situação extraordinária”, concluiu Raul Almeida.