Os novos casos suspeitos de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19) registados nas últimas 24 horas dizem respeito a cidadãos provenientes do norte de Itália. Número total de casos suspeitos continua a aumentar, mas sem que ainda se tenha verificado qualquer resultado positivo em Portugal. Segundo a DGS, o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado.
Numa nota enviada às redações, a Direção-Geral da Saúde informa que nas últimas 24 horas foram registados mais oito casos supeitos, cinco no Hospital de São João, no Porto, dois no Hospital
Curry Cabral e um no Hospital Dona Estefânia, ambos em Lisboa.
Os novos casos assinalados dizem respeito a oito cidadãos provenientes do norte de Itália, seis mulheres, dois homens e duas crianças.
Atualmente, Portugal regista 25 casos suspeitos, incluindo já os casos das últimas 24 horas que estão a aguardar resultados ao teste do novo coronavírus, sendo que até ao momento ainda não se registou qualquer caso positivo.
De acordo com a DGS, o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a
elevado.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infetados, de acordo com dados reportados por mais de 40 países e territórios.
Além de 2.717 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.
Em Itália, o país com mais casos na Europa, foram registados 374 casos de infeção e 12 mortes, segundo o balanço atualizado divulgado esta quarta-feira, 26 de fevereiro, pelo Serviço de Proteção Civil.
Uma série de falhas num hospital favoreceu a disseminação do novo coronavírus em Itália, cujo surto afeta as regiões de Lombardia (cuja capital é Milão), Véneto (Veneza), Emilia Romanha (Bolonha), Piemonte (Turim) e Lácio (Roma), na Sicília (Palermo), e Toscana (Florença).
O SAPO24 falou com portugueses e italianos nas zonas afetadas, cujo testemunho pode ler aqui. Apesar do surto, todos os países vizinhos da Itália comprometeram-se a manter as suas fronteiras abertas.
O único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.
Em Portugal, quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas – que incluem febre, dores no corpo e cansaço – deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúde.
Entre as recomendações de saúde para evitar infeções estão as seguintes: Lavagem frequente das mãos com detergente, sabão ou soluções à base de álcool; Ao tossir ou espirrar, fazê-lo não para as mãos, mas para o cotovelo ou para um lenço descartável que deve ser deitado fora de imediato; evitar contacto próximo com quem tem febre ou tosse; evitar contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos; deve ser evitado o consumo de produtos de animais crus, sobretudo carne e ovos; caso se dirija a uma unidade de saúde com suspeitas de infeção ou sintomas deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
A Direção-Geral da Saúde ativou os hospitais de Santa Maria, S. José (Lisboa), Coimbra e Santo António (Porto) para validar casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus (Covid-19). Tratam-se de hospitais de referência de “segunda linha” para a contenção da infeção.
A partir desta quarta-feira, 26 de fevereiro, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, passaram a poder fazer análises laboratoriais aos casos suspeitos. Até à data, as análises eram feitas no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em Lisboa, e, mais recentemente, no Hospital S. João, no Porto. Atualmente existem 2.000 quartos de isolamento nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
Madremedia