Luis Sepúlveda morreu hoje, aos 70 anos, como consequência da COVID-19. Antes de ser diagnosticado, a 25 de Fevereiro, esteve no Festival Correntes d´Escritas, na Póvoa de Varzim, entre 19 e 23 daquele mês.
Sepúlveda nasceu em 1949 em Ovalle, no norte do Chile. Começou a escrever muito cedo e, aos 15 anos de idade, filiou-se ao PC chileno.
Em 1969, com 20 anos, publicou “Crónicas de Pedro Nadie”, compilação de contos que lhe valeu o Prémio Literário da Casa das Américas.
Preso em 1973 pela ditadura de Augusto Pinochet viu, depois de 2 anos, a sua pena ser transformada em prisão domiciliária.
Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Paraguai e Peru. Viveu ainda no Equador entre os índios Shuar, antes de vir viver para a Europa, primeiro em Hamburgo, depois Paris e, finalmente, Gijon.
Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo Lourenço — que distingue personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica. À data Eduardo Lourenço disse que Sepúlveda era “um autor de craveira mundial”.
Francisco Ferra / Jornal Mira Online com Madremedia