O Consulado da República Democrática de S. Tomé e Príncipe para a Região Centro está, desde o dia 2 de Dezembro, sediado em Cantanhede, num espaço do Quartel dos Bombeiros Voluntários.
A abertura oficial das novas instalações consulares foi assinalada com uma cerimónia em que participaram o embaixador daquele país em Portugal, António Quintas do Espírito Santo, e a líder do executivo camarário cantanhedense, Helena Teodósio. Presentes estiveram também o presidente da Assembleia Municipal de Cantanhede, João Moura, o vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, o vereador Adérito Machado, este também na qualidade de presidente dos Bombeiros Voluntários e o cônsul são-tomense para o distrito de Coimbra, José Joaquim Diogo, bem como presidentes de junta e representantes de várias entidades públicas e privadas.
Na ocasião, o embaixador de S. Tomé e Príncipe congratulou-se com “o protocolo que criou as condições para instalação do consulado em Cantanhede, o que representa mais uma nova etapa nas relações entre dois países que possuem uma enorme cumplicidade, não só através da língua comum, mas igualmente pelas relações profundas que foram cultivadas ao longo de cinco séculos”.
Segundo António Quintas do Espírito Santo, “as relações diplomáticas não podem ser um peso para os países, é preciso que sejam desenvolvidas de modo a criarem emprego, prosperidade e desenvolvimento da economia”. A este propósito, o diplomata fez um apelo para que “as empresas portuguesas contribuam o mais possível para o processo de reabilitação turística de São Tomé e Príncipe, entre outras áreas”, e salientou “a importância do consulado sedado em Cantanhede, neste espaço onde os meus concidadãos podem exercer a sua cidadania, obter informações e tratar dos seus documentos pessoais”.
Por seu lado, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede considerou a abertura da nova sede consular mais um passo no reforço do relacionamento institucional do Município de Cantanhede com a República Democrática de S. Tomé e Príncipe, que nesse âmbito está, desde há quase duas décadas, “sempre muito bem representado na Expofacic, quer social e institucionalmente, quer na promoção do seu potencial turístico, quer ainda com um espaço de divulgação da gastronomia são-tomense na zona das tasquinhas”.
Manifestando-se convicta de que “a cooperação faz parte da aposta do estado são- tomense nos fatores de desenvolvimento para promover o progresso e o bem-estar do seu povo”, Helena Teodósio aludiu “à importância da participação de investidores externos nesse processo”, para dizer que, “em Cantanhede, há agentes económicos vocacionadas para isso. Do comércio e serviços ao turismo, da indústria à construção civil e obras públicas, temos empresas que podem contribuir para o desenvolvimento de S. Tomé e Príncipe”, sublinhou.