Estão em curso inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados.
O número de casos confirmados de varíola dos macacos subiu para 37 e estão distribuídos pelas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Norte e Algarve, anunciou hoje a DGS, adiantando que os doentes estão “estáveis e em ambulatório”.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) adianta, em comunicado, que foram confirmados mais 14 casos de infeção humana por vírus Monkeypox pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o que fez aumentar para 37 o número total de casos confirmados até ao momento em Portugal.
Entre as amostras disponíveis, foi identificada, através de sequenciação, a clade (subgrupo do vírus) da África Ocidental, que é a menos agressiva”, salienta.
Segundo a DGS, estão em curso os inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos.
COMO SE TRANSMITE?
A varíola dos macacos é transmitida através do contacto com animais ou por contacto próximo com pessoas infetadas ou materiais contaminados. Trata-se de uma doença rara e que não se dissemina facilmente entre humanos.
A maior forma de contágio é o contacto com as lesões cutâneas, explica a médica infecciologista, e por isso, estas, devem estar protegidas.
Margarida Tavares afirma que a via de transmissão sexual “não está descrita classicamente”, mas como a doença se “transmite por contacto próximo, íntimo e prolongado”, a transmissão por via sexual é “plausível”.
Também é possível transmissão por contacto com objetos “muito contaminados com o vírus”, por exemplo roupas de cama, banho ou mesmo as próprias roupas.
A varíola dos macacos partilha ainda algumas formas de contágio com as infeções respiratórias, estando também descrita a possibilidade de transmissão aérea, sobretudo por gotículas grandes.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
A doença caracteriza-se pelo surgimento de lesões cutâneas, desde “pequenas manchas” até “lesões com conteúdo líquido”. Também podem surgir sintomas sistémicos, como febre, arrepios, dores de cabeça, musculares ou cansaço.
Na maioria das circunstâncias é “uma situação autolimitada e benigna”.