Condutora em contramão estava embriagada

A mulher envolvida no acidente mortal em contramão na autoestrada 1, em Leiria, conduzia “em estado de embriaguez”.

As autoridades foram avisadas que andava uma viatura a circular em contramão na autoestrada do Norte (A1), mas já não foram a tempo de evitar o pior. A condutora, de 39 anos, alcoolizada, fez cerca de quatro quilómetros em sentido contrário, entre Leiria e Pombal, até colidir com um ligeiro de passageiros, que capotou, provocando a morte ao único ocupante, um homem de 42 anos.

Ouvida quarta-feira em tribunal, a mulher foi constituída arguida e ficou a aguardar julgamento em liberdade, com termo de identidade e residência.

O acidente ocorreu terça-feira à noite, cerca das 23.45 horas, ao quilómetro 134, a cerca de quatro quilómetros do nó de saída para Leiria da A1.

Véronique Gomes, uma lusodescendente residente em França, mas com família no Louriçal, Pombal, seguia no IC8, num Fiat 500, e entrou na A1 por engano. Quando se apercebeu de que estava a chegar a Leiria, inverteu a marcha em plena autoestrada e iniciou o caminho em direção a Pombal.

Pouco depois, chocou com um Renault Mégane, conduzido por Paulo Almeida, de 42 anos, que capotou várias vezes e embateu nos railes laterais, até se imobilizar na berma.

Paragem cardiorrespiratória

O homem, residente na zona da Costa da Caparica, Almada, ficou encarcerado nos destroços e, quando os bombeiros chegaram ao local, “já estava em paragem cardiorrespiratória”, de acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pombal, Paulo Albano.

Ainda foram efetuadas manobras de reanimação, mas sem sucesso. A vítima, que exercia o cargo de chefe de vendas na Porto Editora, deixa órfãos dois filhos menores.

 

Nacionalidade francesa

Já Véronique Gomes sofreu apenas ferimentos ligeiros. Porém, como apresentava excesso de álcool no sangue (1,6 gramas por litro de sangue, de acordo com fonte judicial) e tem nacionalidade francesa, foi detida pela GNR após receber assistência médica no hospital de Leiria. Atualmente, a mulher vive em França e está de férias em Portugal, em casa dos pais, há cerca de um mês.

Quarta-feira à tarde, foi ouvida por um juiz de instrução criminal do Tribunal de Leiria, que lhe decretou como medida de coação, além do termo de identidade e residência, a apreensão da carta e, uma vez que não reside no país mas em França, terá de deixar ainda o depósito de uma caução no valor de 7500 euros.

Jornal de Noticias