O automobilista que fugiu após atropelar uma mulher, cerca das 21 horas de quinta-feira, junto ao Estádio do Dragão, no Porto, entregou-se na Esquadra das Antas da PSP pouco depois do acidente.
O homem, de 56 anos, residente no Grande Porto, não apresentava sinais de estar alcoolizado. Por isso, foi constituído arguido e restituído à liberdade.
Na sequência deste atropelamento Maria de Fátima Monteiro Costa faleceu. A mulher, de 57 anos, que residia em Medas, Gondomar, deixa um filho. O marido, que se encontrava a trabalhar em França, regressou a Portugal logo depois de ter tido conhecimento da tragédia.
Na manhã de sexta-feira, a família remeteu-se ao silêncio e evitou falar sobre o atropelamento mortal.
Ia para o Dolce Vita
Maria de Fátima Costa deslocou-se de Medas até ao centro da cidade do Porto para realizar algumas compras juntamente com a irmã, que habita nas imediações da Alameda das Antas.
As duas mulheres estariam a dirigir-se para o centro comercial situado ao lado do estádio, Dolce Vita, quando Maria de Fátima foi colhida, já na passadeira, por um automóvel que, segundo testemunhas, era verde e circulava a alta velocidade.
A violência do embate, que levou a mulher a ser projetada vários metros, leva a presumir que a morte tenha sido imediata. Mesmo assim, o condutor optou por não parar o carro e abandonou o local do acidente.
Natural de Baião, Maria de Fátima Costa mudou-se, com a família, para Medas há cerca de dez anos. Nessa altura, passou a cuidar de um idoso da freguesia e era na casa dele que vivia.
Ontem, familiares, amigos e vizinhos concentraram-se naquela residência para apoiar o marido e o filho da vítima.
A vítima mortal que resultou deste atropelamento estava agora desempregada e ainda na passada segunda-feira efetuou, na sede da Junta de Freguesia local, a apresentação periódica a que estava obrigada.
Fonte JN