Uma telefonista do Estabelecimento Prisional de Coimbra foi condenada hoje a 11 anos de prisão, por tráfico dentro da cadeia, tendo sido também condenados mais 10 dos restantes 11 arguidos.
O Tribunal de Coimbra decidiu condenar a telefonista do Estabelecimento Prisional de Coimbra a 11 anos de prisão por tráfico agravado, corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, tendo dado como provados a maior parte dos crimes de que os 12 arguidos (nove dos quais reclusos) eram acusados.
A rede montada na prisão de Coimbra envolvia tráfico de telemóveis, estupefacientes (haxixe e heroína) e esteroides.
“Apesar de não ter antecedentes”, a telefonista, no entender do Tribunal de Coimbra, revelou ser uma parte “essencial” do esquema de tráfico dentro da prisão, tendo consciência do “que estava a fazer”.
O juiz que presidiu o coletivo demonstrou “espanto” por uma pessoa “que estava tão integrada” se ter envolvido de “forma tão ativa e empenhada” na prática daqueles crimes.
No mesmo julgamento, outro dos arguidos, a cumprir uma pena de 22 anos por homicídio no caso “Noite Branca”, foi condenado a 12 anos de prisão por tráfico e corrupção, considerando o Tribunal que este teve “um grau de culpa maior”, revelando o maior número de contactos com a telefonista.
“Fez pressão sobre todos” os envolvidos e demonstrou que a sua condenação por homicídio “não teve um efeito útil”, recordando ainda o incidente de agressão de 26 de outubro, entre este e outro dos arguidos, no Estabelecimento Prisional de Coimbra.
Fonte JN