Em 26 de Setembro de 2010, uma mulher de 55 anos, em Oliveira do Bairro, queixou-se de que não tinha ajuda nas lides da casa, o filho, de 30 anos, ouviu o desabafo e ficou furioso. Pegou num ferro com 1,5 metros e bateu com ele na mãe com violência.
O homem foi condenado a quatro anos de cadeia, pena efetiva agora confirmada pela Relação de Coimbra.
“A imagem global dos factos é muito grave, revelando o arguido qualidades altamente desvaliosas face ao direito”, lê-se no acórdão da Relação.
O arguido – que foi condenado por um crime de ofensa à integridade física grave – discordou da pena que lhe foi aplicada. No recurso, o homem, que aguardou o desenrolar do processo em liberdade, tentou diminuir a pena argumentando que o exame psicológico revelou que tem imputabilidade diminuída e que sofre de perturbação da personalidade paranoide. Para os juízes, tal não serviu, no entanto, de atenuante.
A agressão do homem à mãe foi muito violenta. A mulher chegou a cair ao chão e mesmo assim o filho continuou a desferir-lhe várias pancadas em todo o corpo com o ferro.
As lesões foram de tal forma graves que a mulher teve de ser submetida a três cirurgias. Ficou com sequelas físicas permanentes. O arguido vivia na altura com os pais e não trabalhava.