O “clube” dos milionárioscresceu em todo mundo durante o ano da pandemia, sugere a nova edição do “Global Wealth Report” (tr.: “Relatórios Global das Fortunas”) agora divulgado pelo banco “Credit Suisse”.
Só em Portugal, no final de dezembro, havia mais de 136 mil pessoas com fortunas avaliadas acima do milhão de dólares, cerca de 840 mil euros. Eram mais 19 mil milionários do que em 2019.
Já o Brasil, o terceiro mais afetado pela Covid-19 no planeta, sofreu uma queda de 108 mil, fechando 2020 com menos 34% de milionários do que tinha em 2019.
Em termos globais, o ano da pandemia fechou com mais cinco milhões de milionários por todo o mundo. Pela primeira vez, este “clube” exclusivo representa mais de um por cento da população mundial.
A segunda metade do ano manteve ainda a tendência de crescimento no preço das casas, ancorado na estimativa do relatório do banco suíço de que também a riqueza das famílias cresceu de uma forma geral 24 biliões de euros, isto é, mais 7,4 % do que no ano anterior à pandemia.
Foi uma progressão em linha com a recuperação dos mercados registada na segunda metade de 2020, apoiada pelas medidas governativas de mitigação da pandemia nas economias, por uma maior poupança das famílias e pela desvalorização da moeda.
No entanto, a distância entre topo da tabela dos mais ricos e o os mais pobres no fundo aumentou porque uma boa parte dos menos abastados ficou sem trabalho nem rendimentos no ano passado.
Os impactos mais negativos da pandemia acabaram por ser sentidos sobretudo na América Latina e na Índia, mas há mais pessoas em dificuldade por todo o mundo devido à Covid-19.