Cinco maiores bancos já despediram 1620 trabalhadores

Os cinco maiores bancos a operar em Portugal anunciaram, só no último ano, o despedimento de 1620 trabalhadores.

O processo de reestruturação do setor, para reduzir custos, tem provocado um forte emagrecimento de colaboradores, mas também do número de agências. Num ano, foram encerrados 200 balcões. Na Europa, os bancos despediram 173 mil no último ano.

Os números vão aumentar quando for revelado o processo de reestruturação do Novo Banco, que irá implicar um redimensionamento da sua estrutura, através do fecho de balcões e da redução do número de trabalhadores, e que estará concluído nas próximas semanas.

Segundo dados compilados pelo JN/Dinheiro Vivo, com base nos relatórios e contas, o BCP surge como a instituição financeira que mais cortou na força de trabalho. O banco liderado por Nuno Amado eliminou 711 postos de trabalho. Se no final de setembro de 2014 a instituição tinha 8266 colaboradores em Portugal, em setembro último o número ascendia a apenas 7555.

O Santander Totta viu sair pouco mais de 30 funcionários, em processos de “reformas normais”.

Entre as restantes instituições financeiras, o BPI reduziu o seu quadro de pessoal em 144 trabalhadores nos últimos 12 meses, para um número inferior a 6000 na atividade doméstica. No caso do Banif, o número de despedimentos ascendeu a 338 colaboradores no último ano, contando no final de setembro com pouco mais de 1700 funcionários.

Já a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai cortar mais de 400 postos de trabalho este ano. O número final dependerá da adesão ao processo de reformas antecipadas que o banco estatal tem em curso. O processo de emagrecimento do banco liderado por José de Matos não só vai continuar no próximo ano, como poderá ser ainda maior.

O corte do quadro de pessoal foi acompanhado por uma diminuição do número de agências. No total, os cincos bancos fecharam 200 balcões no último ano, num claro sinal de adaptação aos recentes avanços tecnológicos e numa aposta na banca digital.

O BPI lidera os encerramentos, ao ter fechado as portas de 70 balcões em Portugal. O pódio dos cortes de estrutura fica completo com o Banif e o BCP, com 43 e 42 agências da sua rede de distribuição encerradas até setembro. A CGD fechou 25 balcões e um gabinete direcionado para as empresas, enquanto que o Santander Totta encerrou 19 agências.

Fonte JN