FORMÇÃO SOBRE VIGILÂNCIA E CONTROLO DA VESPA VELUTINA – Ação da CIM RC com forte adesão
Com 80 inscritos e um programa que promoveu a interação entre formadores e participantes, a sessão de formação relativa ao “Plano de ação para a vigilância e controlo da vespa velutina em Portugal”, que decorreu nas instalações da CIM Região de Coimbra, teve saldo positivo.
Organizada pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra em parceria com a Direção Geral de Alimentação e Veterinária e o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, a iniciativa contou com a participação de técnicos dos Municípios da CIM RC (nomeadamente GTF – Gabinetes Técnicos Florestais e Serviços Municipais de Proteção Civil), de técnicos de organizações de apicultores (associações, sociedades, cooperativas), de caça, de produtores florestais, de militares do SEPNA/GNR, bombeiros, guardas de recursos florestais, vigilantes da natureza e sapadores florestais.
Tendo como formadores Sofia Quintans, da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, Joana Godinho, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Paulo Carmo, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, e Tiago Moreira, da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal, a sessão de trabalho permitiu a abordagem de vários temas nomeadamente a caraterização da vespa velutina, sistemas de vigilância, comunicação de suspeitas (Plataforma SOS Vespa) e métodos de destruição.
Na sessão de abertura, Jorge Brito, Secretário Executivo da CIM Região e Coimbra, assegurou que a CIM RC está atenta a um problema que tem impacto negativo na apicultura, produção agrícola, segurança pública e ambiente, considerando essencial a cooperação com os 19 Municípios que compõem a Comunidade Intermunicipal, bem como com todas as entidades envolvidas na vigilância e controlo da vespa velutina.
Agradecendo a colaboração de todas as entidades envolvidas na ação de formação, o responsável da CIM RC elegeu a formação como um dos vetores fundamentais no controlo de uma espécie invasora, que segundo alguns dos especialistas presentes na sessão que decorreu em Coimbra, regista progressão gradual na área afetada no território nacional e revela-se difícil de erradicar.
Assim, e como foi sublinhado nas intervenções dos formadores, as autoridades e demais entidades envolvidas na vigilância e controlo da vespa velutina, definem como prioridades a segurança dos cidadãos, a proteção da atividade agrícola e do efetivo apícola, bem como a minimização dos impactos sobre a biodiversidade.
Recorde-se que a vespa velutina é uma espécie asiática com uma área de distribuição natural que se estende pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia, sendo a sua existência reportada desde 2011 na região norte de Portugal.