Uma abordagem inovadora permitiu já inverter o desenvolvimento de tumores em rãs. Os testes avançarão agora com mamíferos.
Uma equipa de cientistas nos EUA está a investigar a possibilidade de combater a formação de tumores recorrendo à luz e à manipulação das correntes eléctricas nas células.
A equipa da universidade Tufts já obteve algum sucesso com rãs, cujos tumores são muitos parecidos com os que se desenvolvem em humanos, e procura agora replicar a experiência com mamíferos.
As células do corpo têm canais iónicos que abrem e fecham, permitindo ou impedindo a passagem de iões. Quando os canais estão abertos corre electricidade entre as células.
O que os investigadores fazem é estimular a abertura desses canais através da exposição das células à luz. “Acende-se a luz, neste caso é luz azul, e foca-se a luz de forma intermitente no tumor durante 24 horas e ele desaparece”, explica o biólogo Dany Adams, que participou na investigação.
A manipulação da corrente eléctrica das células, a que se chama optogenética, permite controlar a velocidade a que estas se reproduzem e a informação que partilham umas com as outras, explica outro investigador, Michael Levin.
A comunicação eléctrica entre células é muito importante para a supressão de tumores. O mais importante agora é compreender como é que estas voltagens passam entre células e como influem na transferência de mensagens químicas entre células”, explica.
A equipa da Tufts conseguiu uma taxa de sucesso de 30% nas rãs e espera agora replicar as experiências em mamíferos. Os resultados da investigação foram publicados na revista Oncotarget.
Fonte e Foto: rr.sapo.pt