CICLO DEBATEU “COMO É QUE A INDÚSTRIA RESISTE À CRISE?”

Alexandre Tavares (empresa Armando Silva), Patrícia Correia (Helsar), Carlos Santos (Zarco), Pedro Ventura (Cartonagem Trindade) e Álvaro Gouveia (Clube de Empresários) participaram na conferência “Como é que a indústria resiste à crise?”, com moderação do (re)conhecido economista João Cantiga Esteves. Sanjoanenses numa conversa sobre a sua cidade e o seu tecido produtivo.
Num pequeno palco feito de paletes de madeira, cinco nomes ligados ao tecido produtivo de S. João da Madeira falaram sobre as suas experiências profissionais, as histórias de afirmação das suas empresas, as parcerias e amizades que desenvolveram, a cidade onde nasceram ou que os adotou e que passaram a considerar como sua, sem esquecerem os problemas e desafios que afetam a economia nacional.

Três empresários da área do calçado – Alexandre Tavares (Armando Silva), Patrícia Correia (Helsar), Carlos Santos (Zarco) – e Álvaro Gouveia (presidente do Clube de Empresários de S. João da Madeira) reuniram-se nas modernas e elegantes instalações fabris da Cartonagem Trindade, igualmente com a presença do anfitrião, Pedro Ventura. Com moderação do (re)conhecido economista João Cantiga Esteves, também ele sanjoanense, foi este o excelente painel de oradores convidados da primeira conferência do ciclo “Industrial”, comissariado pelo jornalista Amílcar Correia, a quem a Câmara da sua cidade natal entregou a conceção deste evento, que se prolonga praticamente até ao final do ano, incluindo novos debates com outros protagonistas, assim como exposições, música e cinema.

Cultura industrial

Com muito público, incluindo responsáveis de diferentes áreas de atividade, a conversa teve como ponto de partida a pergunta “Como é que a indústria resiste à crise?” e uma intervenção de enquadramento do Presidente da Câmara de S. João da Madeira, Ricardo Oliveira Figueiredo, que sublinhou a cultura industrial dos Sanjoanenses e o facto de a mesma se interligar com um assinalável espírito inovador, realidades que se refletem atualmente na afirmação de S. João da Madeira como cidade criativa aberta ao mundo.

Assim se deu o mote para um serão de reflexão – com participação do público – sobre a economia sanjoanense e a sua relação com o mundo, da qual sobressaiu a atual vocação exportadora das empresas sanjoanenses e a sua crescente abertura aos mercados globais. Uma transformação que se acentuou nos últimos anos, por força da necessidade que aguçou o engenho dos empresários da cidade.

Mais do que um travão, a crise aparece – nas palavras destes oradores – como um desafio que os levou a procurar novas soluções, adaptando-se a uma nova realidade em que o mercado nacional deixou de poder ser a zona de conforto de outros tempos. Foi preciso arriscar – com determinação inabalável – na descoberta de novos destinos para os seus produtos, investindo fortemente na qualidade, na inovação e na resposta às necessidades concretas de cada cliente.

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