O Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede terminou no último sábado, 24 de Março, em ambiente de confraternização festiva entre os elementos dos 17 grupos cénicos envolvidos. Foi no Pavilhão Multiusos de Febres, num encontro entre os agentes culturais que perseguem objetivos comuns relativamente às artes de palco e que mais uma vez corresponderam ao desafio da Câmara Municipal, dando corpo a uma iniciativa que conta já 20 edições consecutivas.
O convívio contou com a presença da presidente da Câmara Municipal, do vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, e dos vereadores Adérito Machado, Célia Simões e Gonçalo Magalhães, bem como da generalidade dos intervenientes no programa de revitalização da atividade teatral promovido pelo Município, além de alguns convidados, entre os quais presidentes de junta e dirigentes associativos. A última jornada do Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede abriu com a representação de O Santo e a Porca, numa adaptação da obra original de Ariano Suassuna pelo Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã, a que se seguiu a já habitual sessão de encerramento com a entrega de diplomas de todos os participantes.
Na ocasião, a líder do executivo camarário, enalteceu “o empenho e dedicação de todos os elementos dos 17 grupos de teatro envolvidos, os atores e atrizes, os encenadores, a equipa técnica, mas também os responsáveis das coletividades”, destacando “o forte investimento pessoal e coletivo que foi preciso fazer para concretizar mais esta edição do certame”.
Segundo Helena Teodósio, “a pluralidade de géneros apresentados, desde peças originais, a comédias, tragédias, revistas e musicais, aliada ao crescendo de qualidade dos espetáculos, reflete a evolução dos grupos de teatro e tem revertido numa maior recetividade junto da população, conforme temos vindo a constatar pelas assistências cada vez mais interessadas.
A autarca declarou que o Município não é indiferente ao facto de “a edição deste ano ter contado com a maior participação de sempre, pois isso é indicativo de que a iniciativa está a suscitar a adesão de mais pessoas e está a ter um efeito mobilizador no movimento associativo, com todos os benefícios que daí advêm do ponto de vista cultural e social, muito particularmente para os jovens. Por isso, a edição de 2019 vai ser uma realidade” garante a presidente da Câmara Municipal.
O Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede tem vindo a ser organizado pela Câmara Municipal desde 1998, com o objetivo de estimular a dinamização desta atividade, através do apoio às associações que desenvolvem ou queiram desenvolver atividade neste domínio. Nesse sentido, e à semelhança de anos anteriores, foi organizado um programa de atuações que deu oportunidade aos grupos de teatro de apresentarem o seu trabalho cénico em, pelo menos, dois locais diferentes do concelho.
Para fazer face às despesas da produção das peças – cenários, som, luz, adereços, caracterização, guarda-roupa e transportes –, a autarquia atribuiu a cada grupo um subsídio pecuniário, tendo assegurado ainda o pagamento de outras despesas, designadamente as relativas à divulgação dos espetáculos e apoio logístico na montagem dos espetáculos.
A edição deste ano, recorde-se, começou em 3 de fevereiro numa sessão realizada no auditório da Biblioteca Municipal com a participação de Maria Rueff. Na ocasião, a atriz manifestou-se “muito honrada pelo convite para esta iniciativa tão bonita de promover o teatro no que ele tem de mais genuíno, que é a entrega e dedicação das pessoas sem esperarem qualquer retorno que não seja viver essa experiência partilhando-a com os outros”.