“QUERO QUE O LEITOR SE SINTA INTRIGADO”: NOTAS PARA UMA GÉNESE POSSÍVEL DE FINISTERRA.
Ricardo Namora
Centro de Literatura Portuguesa
De entre os “papéis dispersos” que fazem parte do espólio de Carlos de Oliveira relativos à composição de Finisterra – Paisagem e Povoamento (1978), dois cadernos A5 de capa preta demarcam-se dos demais objetos. Nas 27 páginas escritas pelo punho do autor, o leitor-a-vir é confrontado com os esquemas eventuais da obra; as hesitações e as (poucas) certezas do autor; ideias poderosas acerca da intenção autoral, dos efeitos da literatura e das consequências da ficção; e até réplicas caridosas a observações dos leitores. O propósito desta comunicação será, então, o de apresentar alguns dos conteúdos desses cadernos e suas respetivas implicações.
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