O ciclo de concertos 30 Minutos de Música é uma iniciativa promovida pelo Município de Cantanhede para apoiar os músicos e grupos locais a fazerem face às dificuldades decorrentes da situação pandémica causada pela COVID-19. Esta será também uma oportunidade para reafirmar a qualidade artística e a expressão musical eclética que existe no concelho.
Os Gaiteiros da Rainha Santa são um grupo de amigos e de alunos de gaita-de-fole (Escolas de Coimbra, de Ceira e de Ançã), formado em 2017, que adotou como missão a salvaguarda e a divulgação da tradição associada aos gaiteiros tradicionais da zona de Coimbra, mais propriamente ao anel em torno dessa cidade, que abrange aldeias de vários concelhos: Coimbra, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Soure, Condeixa, Miranda do Corvo, Penacova, Mealhada ou Cantanhede. É nessas mesmas que a tradição se mantém viva, com a presença do gaiteiro em ancestrais cerimónias religiosas, ininterruptamente desde há vários séculos.
Os seus elementos, que integram gaitas-de-fole Coimbrãs, gaitas-de-fole Galegas, caixas de rufo tradicionais e bombos típicos da região, são provenientes de vários desses locais, conhecendo o Gaiteiro que, desde as suas infâncias, marca presença nas festas patronais das suas localidades.
O grupo segue o trabalho dos extintos Roncos & Curiscos, recolhendo depoimentos e temas próprios de gaita-de-fole junto de antigos gaiteiros e dos seus descendentes, assinalando e registando instrumentos históricos de feitura local, com características morfológicas e tímbricas típicas da região, assinaladas nos anos 60 por Ernesto Veiga de Oliveira e por Michel Giacometti, procedendo a estudos documentais sobre fotos, registos paroquiais, jornais e revistas já extintos e divulgando, em exclusivo, temas há muito desaparecidos das arruadas que muitos dos novos gaiteiros tradicionais acabam por adotar.
Os Gaiteiros da Rainha Santa fazem questão de utilizar réplicas das belíssimas Gaitas-de-Fole antigas da região, de som imponente mas doce, de timbre bem característico, mostrando que são tão importantes na nossa cultura quanto as gaitas-de-fole típicas de qualquer país da Europa o são para a cultura identitária dos seus povos. Uma cultura nossa, da qual nos devemos orgulhar.
A Orquestra OPUS 21 é a orquestra ligeira da Associação António Fragoso e é parte integrante do Departamento de Música da Associação, sendo constituída por um leque variável de 12 a 20 músicos, que se ajusta em função das características dos espetáculos. Trata-se de um agrupamento musical criado para homenagear as obras musicais (OPUS) criadas por António Fragoso, por alguns considerado o maior compositor português de todos os tempos, que faleceu em outubro de 1918, com apenas 21 anos, na Pocariça.
Sob a direção do Maestro Evaristo Neto, a Orquestra OPUS 21 sobe ao palco na sua formação reduzida, com 11 músicos, que apresentarão a versão instrumental de famosas obras de Gershwin, Astor Piazzolla e António Carlos Jobim. Será uma noite de tango, bossa nova e muito jazz.