Miguel Guimarães diz que equipas médicas não encaram escolha do país como ‘prémio’
O Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, assume que a escolha de Portugal para acolher a fase final da Liga dos Campeões “não é um prémio para os profissionais de saúde portugueses”.
Em reação às palavras de António Costa que defendeu que a escolha da UEFA era uma espécie de prémio para as equipas de saúde, Miguel Guimarães sublinha que é preciso ter atenção à possibilidade de chegada de adeptos de várias zonas europeias e ao risco de contágio que isso poderá acarretar.
“O futebol não é um prémio para os profissionais de saúde, pode ser um prémio para os portugueses, para os cidadãos, mas não é um prémio para os profissionais de saúde”, garantiu o bastonário dos médicos, em declarações na TSF.
O médico nota que existe um “conflito de interesses” nesta altura.
“A saúde por um lado e a economia por outro”, referiu, admitindo que a situação que se verifica em Lisboa, nesta altura, onde se concentram mais casos de infeção pelo novo coronavírus, está “controlada”, mas é preciso manter o foco.
Nesse sentido, e existindo a possibilidade de chegada de vários adeptos provenientes de várias zonas europeias, Miguel Guimarães lembra que é preciso manter o foco nos aviões.
A UEFA decidiu, na quarta-feira, que os quartos de final, meias-finais e final decorrerão em eliminatórias de jogo único, entre 12 e 23 de agosto nos Estádios da Luz (Benfica) e José Alvalade (Sporting).
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