CGTP comemora hoje 50 anos com mais sócios e avanços legislativos

A CGTP comemora hoje 50 anos, numa altura em que conseguiu aumentar o número total de associados, tendo pugnado, durante a sua história, pela redução do horário de trabalho, valorização salarial e do emprego e os direitos sociais.

A intersindical aumentou o número de sócios para os 556.363 nos últimos quatro anos, o que representa mais 5.863, segundo fonte da central sindical.

No seu XIV congresso, que se realizou em fevereiro, a CGTP anunciou que tinham sido conseguidas 114.683 novas sindicalizações nos últimos quatro anos, mas não divulgou o número total de sindicalizados por não ter na altura o apuramento líquido total.

De acordo com dados facultados agora à agência Lusa, a central sindical tem atualmente 556.363 sindicalizados, quando no XIII congresso, há quatro anos, tinha 550.500 sócios.

A CGTP é composta por 22 uniões distritais, 10 federações e 125 sindicatos.

A redução do horário de trabalho, a valorização salarial e do emprego e os direitos sociais foram reivindicações transversais nos 50 anos da organização, originando inúmeras ações de luta, lembraram José Cartaxo e Carmo Tavares, antigos dirigentes da central, em declarações à Lusa, a 27 de setembro.

Os dois dirigentes históricos da Intersindical, que entraram para a sua direção em 1977, assumindo pelouros de relevância, consideraram que as reivindicações da central sindical continuam atuais.

José Ernesto Cartaxo salientou à agência Lusa que “a luta pela redução do horário de trabalho esteve sempre presente na vida da CGTP, foi uma das suas primeiras reivindicações e foi sempre uma constante ao longo de várias décadas”.

Segundo o ex-sindicalista, esta era uma luta que já vinha de trás, desde 1918, altura em que se reivindicavam as 48 horas semanais e um dia de descanso. Mais tarde, ainda antes do 25 de Abril, e graças a uma “intensa luta dos caixeiros”, foi conseguida a “semana inglesa”, que permitia descansar ao sábado de tarde e ao domingo.

Só em 1996 foram consagradas na lei as 40 horas de trabalho semanal e dois dias de descanso, embora tivesse levado mais algum tempo, e mais algumas lutas, até que a regra fosse cumprida por todas as empresas.

Lusa