A notícia é avançada pelo jornal Público. É o terceiro aumento de comissões na Caixa Geral de Depósitos desde que Paulo Macedo assumiu a liderança do banco.
Um euro. É este o valor que passará a ser cobrado a partir de maio aos clientes da Caixa Geral de Depósitos por cada levantamento que façam ao balcão, com caderneta. O novo preçário é revelado esta quinta-feira pelo jornal Público que chama a atenção para o facto desta ser a forma preferencial de levantamento de dinheiro para muitos idosos que recebem a pensão ou reforma no banco público.
Há algumas exceções à aplicação desta comissão. Assim, os reformados ou pensionistas com rendimento inferior a um salário mínimo e meio (870 euros) ficam isentos. O mesmo acontece com os clientes que revelem uma “manifesta incapacidade para utilizarem dispositivos automáticos. O jornal dá como exemplo as pessoas cegas ou analfabetas.
O novo preçário tem outro alvo. Os clientes que contratam o Mega Cartão Jovem, destinado a pessoas entre 26 e 29 anos, que até aqui beneficiavam de isenção de comissões na conta à ordem vão perder essa isenção. Passam a pagar 5,14 euros por mês. A anuidade também sobe de 12 para 14 euros.
Para quem tem crédito pessoal, a comissão de processamento mensal desse crédito vai ser atualizada em 35 cêntimos. Depois dos clientes individuais, o mês de junho vai trazer aumentos para as empresas, que passarão a pagar mais pelas remessas de exportações e importações, créditos documentários e garantias bancárias.
Estes aumentos são os terceiros no espaço de um ano. Em maio de 2017 Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa, já tinha avisado que era preciso cobrar mais 100 milhões de euros em comissões no espaço de quatro anos, fator decisivo para o sucesso do plano de restruturação do banco público.
Sexta-feira, a Caixa divulga as contas de 2017, que devem revelar o impacto do aumento das comissões.
Fonte: Jornal Público
Foto: João Manuel Ribeiro/Global Imagens