Um casal de origem portuguesa morreu na sequência de um incêndio na casa em que vivia, na cidade de Beersel, na Bélgica. A mulher, de 39 anos, morreu no local, na terça-feira, e o marido, 42 anos, não sobreviveu aos ferimentos resultantes de queimaduras graves e faleceu esta quarta-feira no hospital. Foi iniciada uma investigação judicial por homicídio e incêndio criminoso.
O incêndio deflagrou na habitação em que o casal vivia na terça-feira, por volta das 12.15 horas locais (menos uma hora em Portugal continental), na rua Stationsstraat, na cidade belga de Beersel.
Após a chegada dos bombeiros, as chamas já se alastravam à parte de fora da casa e o fogo parecia ser mais intenso no primeiro andar, na parte de trás da habitação.
No momento do incêndio, só estava o casal em casa, uma mulher de 39 anos e o marido de 42. O homem ficou com queimaduras graves e foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu esta quarta-feira. A mulher morreu no incêndio.
Segundo a vizinhança, o casal era de origem portuguesa. Tinham filhos, que estariam provavelmente na escola no momento da tragédia.
Vizinhos tentaram ajudar, mas era “muito perigoso”
“Foi solicitado um juiz de investigação por homicídio e incêndio criminoso fatal numa casa habitada”, disse Carol Vercarre, porta-voz da procuradoria de Halle-Vilvoorde, citada pelos meios de comunicação locais.
No entanto, ainda há muita incerteza. A Polícia esteve no local durante o dia para uma investigação mais aprofundada em colaboração com os serviços de intervenção. A procuradoria também enviou um médico e um especialista em incêndios ao local durante a tarde.
Yves Debrael, gerente do café De Solsleutel, no mesmo bairro, viu tudo a acontecer. “Foram os clientes que me alertaram e viram o crescimento feroz das chamas na casa”.
Debrael viu o homem de 42 anos a escapar das chamas. “Vi-o deitado do outro lado da rua e estava literalmente a arder. Outros vizinhos estavam a tentar apagar as chamas. Ele gritou pela mulher em francês. A cunhada, que tinha chegado na altura, disse que a mulher ainda estava lá dentro”. Os vizinhos ainda tentaram entrar na casa, mas “era muito perigoso”, lamentou Debrael.
Tiago Rodrigues / JN