“A ABMG – Águas do Baixo Mondego e Gândara, E.I.M., S.A, , goste-se ou não foi criada como expediente para que 3 concelhos, (Mira, Montemor-o-Velho e Soure) pudessem ter acesso a fundos comunitários.
Estes fundos eram e são absolutamente necessarios para a realização de investimentos inadiáveis para a melhoria dos serviços de abastecimento público de água e saneamento básico.
Acreditava-se com a realização destes investimentos de forma agregada, que resultaria uma economia de escala, com vantagem positiva, quer na qualidade dos serviços prestados, quer no não agravamento das taxas e tarifas a pagar por tudos nós. Isso infelizmente confirma-se que ainda não aconteceu!
Com total e completa surpresa, é já do conhecimento público que a ABMG se prepara para contratar novos empréstimos bancários num valor bem superior a 2 milhões de euros, contribuindo assim para o aumento do endividamento das três autarquias (Mira, Montemor-oVelho e Soure).
Assim o MCD – Movimento de Cidadania Democrática quer ver esclarecido:
1- Já não há candidaturas de apoio a fundos comunitários abertas?
2- Se há, porque não foram apresentadas atempada e adequadamente?
A priorização destes investimentos, que carecem destes empréstimos bancários, é uma decisão de muito dificil compreensão para os cidadãos dos municipios de Mira, Montemor-oVelho e Soure.
O MCD espera que as assembleias municipais sejam chamadas a pronunciar-se, sobre este endividamento e que sejam devidamente esclarecidas pela administração.
A cerca de 35 semanas, este movimento de cidadãos entregou ao Sr Ministro Matos Fernandes, quem tutela o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, uma carta de alerta para práticas vergonhosas na gestão da ABMG, quer económica quer técnicamente.
O MCD desde o seu inicio tem vindo a dizer que esta intermunicipal, não é, nem nunca será, autosustentável. Já todos constatamos que a má gestão e a falta de capacidade técnica para gerir esta intermunicipal, não carece na mesma! O que ainda não sabemos é se é uma má gestão, acompanhada de dolo ou não. Aguardamos que os tribunais se pronunciem, tão breve quanto possivel, por forma a não haver mais endividamento, sem justicação, para os municipios envolvidos.
Montemor-o-Velho 15 de Novembro 2021″