O próximo dia 26 de junho pode marcar uma viragem importante no setor da Arquitetura em Portugal, uma vez que ficará a saber-se quem serão os novos representantes da Ordem dos Arquitetos (OA), responsáveis por salvaguardar o direito à Arquitetura e promover a valorização profissional dos Arquitetos em Portugal durante os próximos três anos.
Carlos Figueiredo concorre à Secção Regional do Centro pela lista C, enquadrada na candidatura de Gonçalo Byrne à Presidência do Conselho Diretivo Nacional, e uma das suas maiores preocupações prende-se com a desvalorização da Arquitetura e do papel dos arquitetos e a precariedade no sector.
Segundo Carlos Figueiredo, “Os arquitetos são mestres do desenho, são cultos, conhecem o pensamento e a história das cidades. A região centro, o País, não pode viver sem eles. Se quiser sobreviver com coesão, com sustentabilidade, com comunidades mais saudáveis, com habitats mais bem construídos e com incorporação de património de valor tem de os ouvir e deixá-los praticar a sua profissão. Não aguardaremos o convite para sermos ouvidos. Construiremos uma Ordem capaz de se afirmar, com maturidade, com o seu valor intrínseco, afirmando de forma sólida que conseguimos unir todos os arquitetos e que a Nova Ordem tem discurso disciplinar forte e que lutará com todos as suas capacidades para ganhar o espaço social e profissional perdido. Candidato-me para ajudar a montar esta nova Ordem de Arquitetos com as suas diversas Seções Regionais.”
As últimas eleições, que decorreram em 2017, tiveram a maior participação de sempre, mas, ainda assim, a taxa de abstenção alcançou os 70%, revelando o pouco envolvimento da classe com a instituição que a representa. A Lista C sublinha que é preciso alterar essa condição e aumentar a representatividade e apela ao voto e à participação nestas eleições.
“Vivemos numa situação de profunda desvalorização da Arquitetura e do papel do Arquiteto. Precisamos de mais representatividade para mudar esta condição. Acredito que só conseguiremos valorizar a profissão se estivermos todos unidos: os ateliers, as autarquias, a administração pública, os docentes, os construtores, os diretores de fiscalização, os curadores, etc, e a sociedade em geral. Espero, sinceramente, que consigamos unir todos os arquitetos e reinventar o atual modelo da Ordem para que todos nos sintamos parte integrante desta instituição”, explica Gonçalo Byrne.
As eleições, que serão realizadas com recurso a voto eletrónico, por correspondência e presencialmente, decorrem até 26 de junho, data em que se saberá quem são os novos representantes da Ordem dos Arquitetos para o próximo triénio.
Existem atualmente em Portugal mais de 26 mil arquitetos inscritos na Ordem dos Arquitetos.