09.10.2023 –
Vendidos nos últimos dois anos o equivalente a 40 ha para projetos de investimento.
A Câmara Municipal de Cantanhede está a concluir a venda de vários lotes nas zonas industriais que, juntamente com outros alienados recentemente, se destinam à instalação de mais 19 empresas e à ampliação de duas outras, na maioria dos casos de setores que fazem parte das principais cadeias de valor do concelho.
No total, a autarquia vendeu nos últimos dois anos o equivalente a 40 ha para projetos de investimento empresarial, oito dos quais em Cantanhede, sete em Febres e sete na Tocha, o que, segundo as estimativas dos próprios investidores, corresponde a quase 100 milhões de euros de investimento e à criação de cerca de 300 postos de trabalho.
A poucos dias de cumprir metade do seu segundo mandato como presidente da autarquia, Helena Teodósio não esconde a sua satisfação pelo “assinalável crescimento que os núcleos empresarias do concelho estão a registar, em resultado do apreciável esforço financeiro realizado pela Câmara Municipal na sua ampliação” e adianta que “esta é ainda apenas uma parte do que está previsto ao nível da dinamização e expansão da base económica”.
Segundo a líder do executivo camarário cantanhedense, “foram, entretanto, introduzidas mudanças nos regulamentos e outros mecanismos de planeamento territorial, de modo a poderem acomodar o alargamento das zonas industriais”.
A imensa procura que a zona industrial de Cantanhede tem suscitado justificou a alteração do Plano de Urbanização da cidade, que passou a contemplar mais 80 ha, a somar aos 200 ha existentes, estando a autarquia agora a prosseguir com a compra de mais terrenos no âmbito da nova delimitação.
Na zona industrial de Febres foram vendidos todos os lotes recentemente constituídos, pelo que, além de mais cinco que vão de imediato estar disponíveis no âmbito de dois novos loteamentos, também já foram desencadeadas negociações com os donos de propriedades contíguas, tendo em vista a sua aquisição.
Quanto à zona industrial da Tocha, ela está ocupada a 75% e oportunamente será avaliada a possibilidade de aumentar a sua capacidade para lá do perímetro definido, “até porque é expectável também aí se venha a registar um aumento significativo da procura de lotes quando for executado o último troço da Via Regional Cantanhede/Tocha, entre a rotunda da EN 109, a norte da vila, e as Berlengas, na entrada da zona industrial, que assim ficará na prática com acesso imediato também à A17”, afirma Helena Teodósio.
Processo relativamente diferente é o da expansão da totalmente ocupada zona industrial de Murtede, porquanto terá de decorrer no âmbito de uma alteração ao Plano Diretor Municipal, tal como consta da proposta já entregue na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
O PDM em vigor previa que o alargamento se fizesse em direção a norte, mas a Câmara Municipal pretende agora alterar para sul a localização de mais 15 ha a destinar à instalação de empresas, o que pressupõe a sua desafetação da Reserva Agrícola Nacional.
Nesse projeto de alteração há ainda referência à zona industrial de Ançã a criar na proximidade do acesso à autoestrada, conforme o previsto no atual PDM, insistindo na necessidade de serem criadas condições para se avançar rapidamente com um loteamento ainda que mais restrito que o inicialmente previsto.
Estes processos nem sempre são tão céleres quanto gostaríamos, sobretudo devido a questões processuais relacionadas com a titularidade das propriedades, o que, quando acontece, acaba por atrasar as operações”, refere Helena Teodósio, salientando que confia inteiramente no profissionalismo, na capacidade técnica e no excelente trabalho dos serviços camarários para ultrapassar as dificuldades e os obstáculos que vão surgido neste domínio.
A autarca considera que a dinamização da base económica é fundamental para alargar o leque de oportunidades de trabalho em todos os setores e é isso que se pretende com a ampliação das zonas industriais. “A par da elevação dos padrões de qualidade de vida, o fomento do emprego é o indicador a que damos maior atenção, pois dele depende a vida das pessoas e a sua perspetiva de realização profissional e familiar”, conclui.