Foram apresentadas as Bolsas de Inovação Científica Professor António Lima de Faria…
Manuela Grazina (presidente), Carlos Fiolhais, Rodrigo Cunha e Manuel Castelo Branc, conceituados docentes universitários, para além da Presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, fazem parte do júri que atribuirá dois prémios anuais no valor de 1.000,00 euros cada, a fim de “promover, estimular e apoiar a investigação científica inovadora”.
Uma das bolsas será patrocinada pela autarquia e a outra por António Lima de Faria, eminente geneticista, académico e investigador há muitos anos radicado na Suécia. Ambas têm como finalidade “divulgar a ciência” incutindo nos mais jovens, o desejo de, com criatividade, “trazer ideias inovadoras e, porque não dizê-lo, fraturantes!”
Com o Biocant a servir de inspiração, por ser uma grande referência atual da biotecnologia nacional, o que Cantanhede, António Lima de Faria – no alto da sua lucidez aos 99 anos idade – e o júri escolhido poderão alcançar com esta ousadia, é fazer despontar novos cientistas que poderão, a médio/longo prazo dar muito para esta área fulcral da sociedade… principalmente, os tempos que correm!
Como foi referenciado na apresentação, “existiu uma diminuição drástica das verbas destinadas à ciência nos últimos 20 anos… diminuição, esta, que se não tivesse acontecido, estaríamos muito mais preparados para lidar com esta surpresa a quem demos o nome de pandemia”. Daí se percebe, então, a importância de projetos como este, que visem estimular jovens – neste caso, dos 15 aos 35 anos – a produzirem ideias difernciadoras em projetos assentes em regras pré-definidas.
Todas as regras serão publicadas, a breve trecho, na comunicação social e, através delas, os candidatos poderão criar projetos desafiantes que mostrem, “já que não temos ferramentas para fazer a ciência virtualmente” que as alternativas presenciais poderão ser, quiçá, alargadas às já existentes, em quaisquer áreas da ciência.
Aguardar é preciso mas, se for o caso do leitor, pode – desde já – começar a preparar as suas ideias. A oportunidade está praticamente à porta e esta pode ser a chance de contribuir para uma ciência que se regenere com ainda mais vitalidade.
Francisco Ferra / Jornal Mira Online