Cerca de 330 alunos do concelho de Cantanhede, acompanhados pelos respetivos professores de Português, assistiram no dia 6 de fevereiro a uma encenação do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Apresentado em duas sessões pela companhia de teatro da Casa dos Afetos – Associação de Intervenção Cultural, no auditório do Centro Paroquial de S. Pedro, o espetáculo foi promovido pela Biblioteca Municipal, em parceria com os estabelecimentos de ensino participantes, no âmbito do plano de atividades pedagógico-culturais e de incentivo à leitura que tem vindo a desenvolvidas com ações e iniciativas em várias vertentes
Viram a peça os alunos das turmas do 9.º ano dos agrupamentos de escolas Marquês de Marialva (Cantanhede), Lima-de-Faria (Cantanhede e Febres) e Gândara Mar (Tocha), da Escola Pedro Teixeira (Cantanhede) e do Centro de Estudos Educativos de Ançã, cujo currículo escolar inclui o Auto da Barca do Inferno como obra de leitura obrigatória na disciplina de Português.
O Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, é considerado como uma verdadeira crónica de costumes da sociedade lisboeta do início do século XVI e foi representado pela primeira vez em 1517. É a primeira parte da chamada “trilogia das Barcas” em conjunto com o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória.
Esta foi a sexta vez que a peça foi apresentada em Cantanhede pela Casa dos Afetos – Associação de Intervenção Cultural, companhia oriunda da Amadora que também já trouxe a Cantanhede, por diversas vezes, uma adaptação teatral do Memorial do Convento, de José Saramago, esta dirigida aos alunos do 12.º ano das escolas do concelho.