Espaço de solidariedade promovido pelo Município, que é assegurado por voluntários, continua a crescer e dar um pouco mais de “esperança” aos mais vulneráveis da sociedade, sobretudo os mais carenciados.

Pequenos gestos que fazem a diferença!

É motivo de orgulho para o Município, o nível de actividade atingido – uma verdadeira cadeia de solidariedade criada entre a população que tem permitido resolver muitas situações de carência e a cooperação entre entidades que faz desta iniciativa uma resposta social inovadora e de enorme utilidade”.

Esta resposta social – Banco de Recursos Colmeia – é apenas um complemento da intervenção social do Município, que não se tem poupado a esforços nesta tarefa importante de “erradicação da pobreza e da exclusão social”

Sete anos a promover a solidariedade

O Banco de Recursos – Colmeia foi inaugurado a 6 de Janeiro de 2007, e a sua implementação, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Social concelhio, prende-se com o objectivo de criar uma resposta social inovadora e solidária.

 A actividade do Banco de Recursos continua a registar um aumento significativo do número de beneficiários, isto é mais famílias e mais indivíduos que têm recorrido ao Banco de Recursos, o que não é novidade quando são sobejamente conhecidas as dificuldades que as famílias portuguesas atravessam, em virtude do agravamento da situação de crise que se vive.

N.º de Beneficiários/Cartão Colmeia – O Banco de Recursos teve o seu início a 6 de Janeiro de 2007. O Cartão Colmeia foi implementado em janeiro de 2008, o que veio agilizar as idas mensais dos beneficiários àquela resposta social. Verificou-se que o número de Cartões emitidos, desde a sua implementação, quase que triplicou, bem como o número de elementos abrangidos, o que demonstra a importância que o Banco de Recursos reveste atualmente, permitindo dignificar e elevar o nível de vida das pessoas que a ele recorrem. No final de 2013, cerca de 700 famílias beneficiam da resposta social Banco de Recursos, o que abrange mais de duas mil pessoas.

O fluxo de bens é bastante revelador da intensa actividade desta resposta social. Desde a sua entrada em funcionamento falamos num fluxo de 600 mil bens disponibilizados graças às dádivas das pessoas, de instituições, de empresas, …

 Em síntese – Desde Janeiro de 2007, entraram no B.R. cerca de 600 mil bens.

Não podemos deixar de sublinhar o facto de este projecto ter uma imagem muito positiva e funcionar num espaço com qualidade (uma das imagens de marca deste projecto que acaba por ser um contributo para a dignificação dos utentes).

Outro aspecto importante e que tem sido muito referenciado por quem dá (dádivas) “é a credibilidade do Banco de Recursos, que dá a garantia de que os bens doados chegam de facto àqueles que mais precisam, aos casos mais fragilizados socioeconomicamente”.

É também conhecida a eficácia deste processo devidamente organizado do ponto de vista administrativo e logístico, que por um lado evita a duplicação de apoios e por outro serve de filtro para eventuais situações de oportunistas e/ou facilitismo no acesso aos bens.

Voluntários fazem a diferença…

A dinamização do Banco de Recursos está, desde o seu início, a cargo de uma equipa de voluntários do Banco de Voluntariado de Cantanhede, supervisionada pelo Município através da Divisão de Educação e Acção Social, que orienta, supervisiona e acompanha, tendo desenvolvido um trabalho que consideramos contribuir fortemente para o bem-estar da população mais fragilizada do Concelho de Cantanhede.

Estas pessoas, actualmente são cerca de duas dezenas de voluntários, (iniciou a sua actividade em 2007 com 11 voluntários) têm a responsabilidade de receber e fazer a triagem do material, engomar, dobrar e arrumar as roupas; limpar e cuidar da higiene da loja; registar o material doado; atender os utentes da loja, disponibilizando o material, de acordo com a ficha de registo prévio de necessidades e proceder ao registo do material facultado.

Este projecto, através da generosidade destes voluntários, e falamos de milhares de horas (em média, cerca de 4.000 horas por ano), assegura a ajuda necessária a quem dela precisa, apelando à co-responsabilização de quem dela beneficia, tentando assim contribuir para o incremento de uma atitude mais participativa na resolução dos seus problemas.

No sentido de contribuir para um melhor desempenho e uma maior capacidade nessa nobre tarefa do atendimento, tem sido desenvolvido com os voluntários que estão no Banco de Recursos acções de formação assim como reuniões de avaliação regulares numa perspectiva de melhoria contínua.

O facto de o Banco de Recursos assentar na lógica do Voluntariado, é também uma “prova evidente de que os Voluntários são parte da solução na construção de uma comunidade mais justa, mais humana e mais solidária”.

Eficácia em tempos de crise…

A entrega de bens tem sido realizada de acordo com a sinalização prévia das famílias e dos indivíduos, até para que quem dá tenha a confiança que a gestão dos bens é bem feita e destinam-se de facto a pessoas carenciadas.

O facto da Rede Social tentar, através do Banco de Recursos Colmeia, congregar esforços, articular com todas as entidades parceiras, agindo de forma coordenada, é uma forma de responder mais célere às necessidades, mais eficaz e evitar a duplicação de apoios e promover uma racionalização dos bens que são cada vez mais escassos.

O Banco de Recursos é claramente uma resposta permanente e integrada.

O Vereador enalteceu o trabalho desenvolvido pelos voluntários e sublinhou que apesar da crise e de todas as descrenças que marcaram 2013, um dos sinais mais positivos desdo o ano que passou é precisamente este “sinal promissor de esperança na construção de uma humanidade fraterna e feliz que está patente na experiência alargada e crescente do voluntariado”.

“Tenho um enorme orgulho em todos vós que ofereceis à comunidade um tempo de gratuidade ao serviço dos outros. Numa sociedade tão marcada pelo individualismo, pela competição, por interesses, o voluntariado continua a ser um sinal anunciador de um futuro de esperança.

Claro que este é apenas um aspecto, entre muitos outros, para chegar às causas ou raízes das difíceis questões que geram pobreza, exclusão, abandono ou indiferença., mas claramente um passo significativo, ainda que pequeno, na busca do conhecimento das situações que importa socorrer e encontrar solução para os problemas.

A atenção generosa e gratuita de muitos cidadãos ao bem do próximo revela uma cultura de solidariedade, que não pode deixar de ser apresentado como um sinal de esperança. O contributo de um autêntico voluntariado não se restringirá somente a acções primárias, mas porque representa também uma possibilidade de luta, a outros níveis, pela transformação da sociedade.

“Ninguém pode ficar indiferente – temos de trabalhar todos empenhadamente pelo Bem Comum – esta também é uma das interpelações do BR Colmeia

Como espaço de partilha e de convergência de esforços, o Banco de Recursos é também uma oportunidade para uma maior consciencialização de toda a comunidade que “a luta contra a pobreza e exclusão é uma tarefa de todos os cidadãos” – todos somos convocados para este desafio, ninguém pode ficar indiferente. Estamos a falar da promoção da dignidade da pessoa humana, estamos a falar de direitos humanos, estamos a falar da construção de uma sociedade mais justa, humana e solidária. E nisso, o Banco de Recursos também é desafiante, interpelador”

O que é o Banco de Leite?

O Banco de Leite é um projeto social dinamizado em parceria com o Município de Cantanhede.

Visa criar mais uma resposta específica na área alimentar: a doação de leite para crianças dos 0 aos 6 anos, pertencentes a famílias carenciadas do concelho de Cantanhede.

A atribuição é assegurada, mensalmente, por voluntários Lions.

Qual a finalidade?

O Banco de Leite tem por finalidade a promoção dos direitos das crianças, dos 0 aos 6 anos, pertencentes a famílias economicamente fragilizadas, concedendo-lhes o acesso a leite, enquanto alimento completo.

Visa também difundir e potenciar o envolvimento das entidades públicas e privadas, da sociedade civil e das empresas, na recolha de leite.

Contribuir para o aumento da qualidade de vida das crianças em situação de maior vulnerabilidade.

Quem pode doar?

Podem doar os Associados, as empresas e a sociedade Civil.

Como apadrinhar uma família?

Pode apadrinhar uma família, contactando os Lions Clube de Cantanhede e manifestar o seu interesse em suportar a despesa referente ao leite necessário ao sustento de uma criança, durante um ano.

Quem pode beneficiar do Banco de Leite?

Podem beneficiar as famílias com crianças entre os 0 e os 6 anos, do concelho de Cantanhede, que revelam vulnerabilidade económica e social, identificada e avaliada pelos parceiros sociais do concelho e portadores do Cartão Banco de Leite.

Como são encaminhados os beneficiários?

Os beneficiários do Banco de Leite são encaminhados pelos parceiros sociais do Conselho Local de Ação social, através de Relatório Social, para avaliação e priorização pela ação social do Município.

O que é o Cartão Banco do Leite?

É o cartão que possibilita à família beneficiar do Banco de Leite.

É emitido pela ação social do Município, mediante apresentação de Relatório Social, após validação pelos Lions Clube de Cantanhede.