Mais de 63 mil estudantes candidataram-se à primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior público, o maior número desde 1996, anunciou hoje o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Um total de “63.878 estudantes candidataram-se à 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao ensino superior público para o ano letivo de 2021-2022, representando um aumento de 1.203 candidatos face ao período homólogo de 2020 (altura em que se candidataram 62.675 estudantes)”, informou o ministério, em comunicado.
De acordo com a tutela, o número de candidatos “volta a atingir um novo máximo e é também o mais elevado desde 1996”, ano em que atingiu os 68.798.
O ministério estima que o número de novos ingressos no ensino superior “em todos os ciclos de estudos, públicos e privados, atinja cerca de 90 mil novos estudantes matriculados no próximo ano letivo de 2021/2022”, contra 87 mil no ano passado.
Estes dados incluem o CNA que, segundo o ministério, representa cerca de dois terços dos ingressos, outras formas de entrada no sistema público, formações curtas (cursos técnicos superiores profissionais) e sistema privado.
Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso serão divulgados em 27 de Setembro, no sítio da Direção-Geral do Ensino Superior.
Para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o aumento de candidatos “demonstra uma confiança crescente dos jovens e das suas famílias na formação superior, nas instituições e nas vantagens decorrentes da qualificação superior, o que assume particular relevância no contexto do processo em curso de recuperação económica e social na sequencia da crise internacional associada à pandemia” de covid-19.
O ministério aponta ainda que o número crescente de candidaturas ao ensino superior público “ganha especial importância no ano em que cresceu, pelo quarto ano consecutivo, o número de diplomados pelo ensino superior, atingindo um novo máximo anual de 86 mil novos diplomas em 2019/2020”.
“A relevância da qualificação superior deve ainda ser analisada face à diminuição na taxa de desemprego dos recém-diplomados, tendo decrescido de valores médios acima de 8% no segundo semestre de 2015 para 4.6% em 2020 (diplomados de ensino público), de acordo com dados do Portal Infocursos”, frisa o ministério.
Lusa