Mais de 18 milhões de novos casos de cancro e 9,6 milhões de mortes são estimados este ano em todo o mundo, segundo a Agência Internacional para a Investigação do Cancro, da Organização Mundial da Saúde.
Um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres em todo o mundo desenvolve cancro nalguma fase da sua vida, de acordo com os dados da Agência Internacional (IARC, na sigla inglesa).
Os números hoje divulgados estimam que um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres acabem por morrer devido a doença oncológica.
Para este ano, estima-se que o número de mortes por cancro ascenda a 9,6 milhões, quase a população total de Portugal.
Em todo o mundo, o número de pessoas que estão vivas após cinco anos do diagnóstico de cancro é estimado em 43,8 milhões.
“O aumento do peso do cancro deve-se a vários fatores, incluindo crescimento da população e envelhecimento, bem como na mudança de prevalência de alguns tipos de cancro ligados ao desenvolvimento social e económico”, refere a Agência da Organização Mundial da Saúde.
Os esforços de prevenção feitos por vários países conseguiram fazer decrescer a incidência de alguns cancros, como o cancro do pulmão (registando-se alguma redução em homens na Europa do Norte e na América do Norte) ou o cancro do colo do útero.
Cerca de metade dos novos casos de cancro em 2018 e mais de metade das mortes deverão ocorrer na Ásia, região onde se concentra 60% da população global.
A Europa terá 23,4% dos novos casos e 20% das mortes por cancro, apesar de contar com menos de 10% da população global. Na América estima-se que ocorram 21% dos novos casos e 14% da mortalidade e em África menos de 6%.
Na Ásia e em África, a proporção de mortes por cancro é maior do que a proporção de novos casos, sobretudo porque nestas regiões surgem casos com pior prognóstico, devido a um acesso limitado a diagnósticos e tratamentos em vários países.
Lusa